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    “Defendi a democracia em tempos complexos”, diz general que rejeitou plano de golpe de Estado

    Valério Stumpf, chefe do Estado-Maior no governo Bolsonaro, rebateu acusações de ser informante de Moraes: “Fui vítima de ataques"

    Valério Stumpf Trindade (Foto: Reprodução (YT))

    247 - O general Valério Stumpf, ex-chefe do Estado-Maior do Exército durante o governo de Jair Bolsonaro, em entrevista ao portal Metrópoles, revelou ter enfrentado ataques por sua postura democrática. “Fui vítima de ataques por cumprir minhas obrigações. Defendi a democracia em tempos complexos”, afirmou o general, que atualmente preside a Poupex, associação militar que oferece crédito habitacional.

    Stumpf refutou com veemência a tese de que teria sido um informante do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Durante o período eleitoral, o general, então chefe do Estado-Maior do Exército, manteve contato institucional com Moraes, que presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele esclareceu que as conversas giraram em torno do fortalecimento da segurança do sistema eleitoral.

    “O que solicitamos ao TSE era que ampliasse a segurança das urnas por meio de algumas práticas, como o teste de integridade com biometria. Essas medidas, de fato, foram inovadoras. Foi muito positivo para reforçar a segurança das urnas. O foco sempre foi preservar a democracia, fortalecendo a substituição das urnas eletrônicas”, relembrou Stumpf.

    Ataques e distorções

    Mensagens que envolvem Stumpf, divulgadas no relatório da Polícia Federal no inquérito sobre o plano de golpe, têm circulado entre grupos militares bolsonaristas. Segundo o Metrópoles, os diálogos incluem críticas de apoiadores do golpe que buscavam uma ruptura institucional e são vistos pelos aliados de Stumpf como tentativas de difamá-lo por sua recusa em aderir aos radicais.

    “Estávamos discutindo métodos para reforçar a segurança e a transparência das urnas eletrônicas. A minha interlocução era com a Secretaria-Geral do TSE. Algumas pessoas que não sabiam de nada distorceram tudo. Alimentaram a versão de que eu seria 'informante', uma espécie de 'leva e traz', uma coisa bandida. Isso nunca aconteceu. O contato era institucional”, explicou o general.

    Stumpf reforçou que todos os temas tratados com o TSE foram comunicados ao então comandante do Exército, Freire Gomes, e ao Alto Comando da Força. Para ele, as acusações e os ataques pessoais são fruto de interpretações maliciosas e têm o objetivo de desestabilizar aqueles que se mantiveram fiéis à Constituição.

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