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    Defesa de Cameli diz que pedido de afastamento do governador do Acre é "arbitrário e absurdo"

    Advogado também disse que a Polícia Federal de Cruzeiro do Sul não possui competência para investigar o governador Gladson Cameli

    Governador do Acre, Gladson Cameli (Foto: Agência Brasil)

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    247 - O advogado Pedro Ivo, responsável pela defesa do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), qualificou o pedido de afastamento do mandatário, feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta quinta-feira (30), como “arbitrário" e “absurdo”.

    “Esse pedido de afastamento é arbitrário. É um absurdo. Não há nenhum fato novo que justifique esse pedido de afastamento. Ele decorre de outro que já havia sido indeferido no Superior Tribunal de Justiça e além de tudo ele foi feito na vacância do cargo de procurador-geral da República”, disse o advogado em um vídeo divulgado pouco após o pedido da PGR se tornar público.

    Ainda segundo ele, “a investigação é toda ilegal. Ela decorre de uma devassa realizada pela Polícia Federal de Cruzeiro do Sul, sem que tivesse competência para investigar o governador Gladson Cameli. Para se ter uma ideia, quebraram o sigilo de uma criança de apenas sete anos de idade, o filho do governador”. >>> MPF pede afastamento do governador do Acre, denunciado por corrupção

    O advogado enfatizou, ainda, que o pedido de afastamento “é uma afronta ao mandato conferido pelo povo do Acre” disse ter confiança de que a Justiça, especialmente o Superior Tribunal de Justiça (STJ), indeferirá a solicitação da PGR.

    O Ministério Público Federal (MPF) pediu o afastamento cautelar das funções públicas do governador pelos crimes de organização criminosa, corrupção nas modalidades ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação.

    Iniciadas em 2019, as práticas ilícitas descritas na denúncia teriam causado prejuízos de quase R$ 11,7 milhões aos cofres públicos. Além do governador, também foram denunciados a mulher de Cameli, dois irmãos do chefe do Poder Executivo, servidores públicos, empresários e pessoas que teriam atuado como “laranjas” no esquema.

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