Delegados repudiam "tentativa de intimidação" de Bolsonaro na apuração do caso Marielle
"Valendo-se do Presidente da República e de instituições da União, [Bolsonaro] claramente ataca e tenta intimidar o delegado de polícia do Rio de Janeiro, com o intuito de inibir a imparcial apuração da verdade", destaca um trecho da nota assinada entidades representantes de delegados da polícia civil em todo o país
247 - Em nota conjunta, associações que representam delegados de polícia repudiaram a declarações de Jair Bolsonaro que acusa o a polícia civil do Rio de Janeiro de manipular as investigações para incriminá-lo n o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Para as entidades, Bolsonaro tenta intimidar a Polícia Civil do Rio, "com o intuito de inibir a imparcial apuração da verdade", ao insinuar a adulteração de provas e referir-se ao delegado que comanda o inquérito, Daniel Rosa, como "amiguinho" do governador Wilson Witzel (PSC-RJ).
"Valendo-se do Presidente da República e de instituições da União, [Bolsonaro] claramente ataca e tenta intimidar o delegado de polícia do Rio de Janeiro, com o intuito de inibir a imparcial apuração da verdade", destaca um trecho da nota assinada por Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Brasil), Fendepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil), e por entidades que representam a categoria no Rio, Amazonas e Pará.
"O cargo de chefe do Poder Executivo federal não lhe permite cometer atentados à honra de pessoas que, no exercício de seu múnus [dever] público, desempenham suas funções no interesse da sociedade e não que qualquer governo", completa.
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