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    “Desde Mengele não se faziam ‘estudos’ como esse”, diz médico Sérgio Zanetta sobre o caso Prevent Senior

    O médico e professor denunciou, em entrevista à TV 247, os experimentos conduzidos pela Prevent Senior com tratamentos ineficazes contra a Covid-19 e defendeu punições à operadora de planos de saúde. “Existem convenções internacionais para coibir esse tipo de procedimento”. Assista

    (Foto: Reprodução)

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    247 - O médico e professor do Centro Universitário São Camilo Sérgio Zanetta, em entrevista à TV 247, comentou sobre o caso da Prevent Senior, maior operadora de planos de saúde de São Paulo que conduziu estudos sobre a eficácia do chamado ‘kit Covid’ sem o consentimento de pacientes. Médicos de hospitais da rede denunciaram à CPI da Covid, ainda, que mortes não foram devidamente notificadas após a utilização do tratamento.

    Para o médico, a Prevent Senior deve ser punida, após ter “surfado” na onda do negacionismo, que atinge até mesmo parte da comunidade médica. “A Prevent fazia isso sistematicamente, isto como uma estratégia comercial, porque havia uma parte do pensamento médico, como há até hoje, muito negacionista. Surfando neste caminho, a Prevent Senior durante meses, mais de um ano, distribuiu esse kit como forma de prestar o serviço pelo qual foi contratada pelos seus afiliados. Tem todo fundamento, há indícios suficientes e provas contundentes”, afirmou. 

    Zanetta explicou que o estudo conduzido pela Prevent não possuía as credenciais necessárias, e lembrou da semelhança com a prática científica nazista. “Normalmente, as pessoas não identificam o grande problema. Vimos na CPI o dirigente da Prevent Senior dizendo que não fez um estudo científico. Não, a Prevent Senior não fez um estudo científico, porque para ser um estudo científico precisa atender a condições éticas e científicas necessárias. Eles nunca conseguiram fazer um estudo científico. Portanto, fizeram um estudo não autorizando, utilizando-se de informações dos pacientes sem que eles lhes dessem autorização para essa manipulação dos seus dados. Então, pior do que ter feito um estudo científico, eles fizeram um estudo sem autorização dos pacientes, portanto antiético e ilegal. Desde Mengele que não se faz mais pesquisa desse modo. Existem convenções internacionais para coibir esse tipo de procedimento”, completou o médico. 

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