Diretor-geral da PF nega pressões políticas em investigação sobre trama golpista
Andrei Rodrigues destaca relação harmônica com chefias militares e justifica decisões baseadas na lei
247 - O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (4) que o indiciamento de 25 militares no inquérito sobre a trama golpista de 2022 reforça que não houve interferência política para proteger membros das Forças Armadas, informa O Globo. A declaração ocorreu em entrevista coletiva em Brasília.
“Não houve nenhuma questão política que obstasse medidas que nós deveríamos tomar, tanto que há pela primeira vez na história do Brasil um general preso”, disse Rodrigues. Ele também destacou a cooperação entre a Polícia Federal e os atuais comandantes das Forças Armadas. Segundo ele, o contato com as chefias militares tem ocorrido de forma "absolutamente harmoniosa" e em alto nível.
O diretor-geral da PF também falou sobre a opção da corporação de não prender o general Walter Braga Netto, apontado como um dos líderes da trama golpista que pretendia assassinar o presidente Lula (PT), vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Rodrigues, não haviam requisitos legais para a prisão do militar.
“Nós não agimos com emoção, não agimos por deleite, por vontade individual. Nós agimos com a Constituição e a lei. Na avaliação da equipe de investigação, os pré-requisitos de prisão preventiva não eram aplicáveis para esse cidadão (Braga Netto)”, explicou.
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