Dono da Marabraz processa o próprio filho, que namora e mima a atriz Marina Ruy Barbosa com presentes de luxo
Abdul Fares, de 40 anos, é classificado pelo empresário Jamel Fares como um 'parasita'; herdeiro, que teria torrado R$ 22,5 milhões, tenta interditar o pai
247 – O empresário Jamel Fares, de 64 anos, sócio-fundador da rede de varejo Marabraz, está processando o próprio filho, Abdul Fares, de 40 anos, em meio a um intenso conflito familiar que envolve o controle do império avaliado em R$ 1 bilhão. A ação judicial ocorre após Abdul, conhecido por seu relacionamento com a atriz Marina Ruy Barbosa, mover um processo de interdição contra o pai, alegando problemas de saúde e comportamento agressivo. A reportagem original foi publicada pela Folha de S.Paulo.
O caso, que corre na comarca de Simões Filho (BA), despertou reações imediatas de Jamel, que contratou o renomado escritório Warde Advogados para sua defesa. Em petição apresentada no último dia 5 de dezembro, a defesa de Jamel acusa Abdul de falsidade ideológica, descrevendo-o como "ingrato e parasita". O patriarca questiona a escolha do foro baiano, alegando que nem ele nem seu filho têm ligação com a cidade.
Estratégia Jurídica e Acusações
O escritório Warde Advogados sustenta que Abdul teria utilizado documentos forjados para manipular a jurisdição do processo de interdição, o que poderia acarretar penas de até cinco anos de reclusão e multa. "É uma ação estarrecedora, inacreditável", afirma a petição endereçada ao juiz da 2ª Vara de Simões Filho. A defesa argumenta que a escolha da comarca seria uma tentativa de dificultar a contestação da interdição, que envolve também a solicitação de curatela provisória.
Jamel e Abdul residem em condomínios de luxo em Alphaville, Barueri (SP), mas Abdul teria declarado um endereço em uma casa simples alugada por R$ 2.500 na Bahia para justificar a escolha do foro. O Ministério Público recomendou a suspensão da apreciação da curatela até que a questão do domicílio seja esclarecida.
Disputa pelo Controle do Patrimônio
A ação de interdição faz parte de uma longa disputa entre gerações da família Fares. Jamel e seu irmão Nasser, atuais administradores da holding LP Administradora, já haviam acionado a Justiça de São Paulo para recuperar as ações da empresa, que estão no nome de seis herdeiros. Segundo a defesa de Jamel, Abdul "torrou pelo menos R$ 22,5 milhões" em despesas pessoais, incluindo viagens de jatinho, helicópteros e presentes milionários, como um anel de US$ 1 milhão dado à atriz Marina Ruy Barbosa.
O escritório Warde Advogados detalhou na queixa-crime que o herdeiro "vive um estilo de vida digno de um potentado árabe", financiado pelas rendas de aluguel dos imóveis da família. "Nada mais doloroso para um pai do que processar criminalmente o próprio filho", registra o documento apresentado ao 2º Distrito Policial de Barueri.
Conflito de Gerações
O impasse familiar começou em 2011, quando o patrimônio foi colocado no nome dos herdeiros como estratégia de blindagem. No entanto, o arranjo se deteriorou nos últimos anos, com acusações mútuas de má gestão e luxos incompatíveis com o perfil austero dos fundadores da Marabraz.
Abdul, que tem 153 mil seguidores no Instagram, mantém uma vida discreta nas redes sociais, mas é frequentemente associado a viagens e festas luxuosas. Marina Ruy Barbosa, por sua vez, anunciou recentemente que o casal decidiu morar junto, descrevendo a decisão como um "test-drive" antes do casamento.
Enquanto isso, o futuro do império da Marabraz segue indefinido, com os fundadores buscando retomar o controle administrativo da holding. A ação de interdição, vista pela defesa de Jamel como um "antídoto" para evitar a devolução das cotas, coloca em xeque o equilíbrio da dinastia Fares.
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