Em carta, 1.158 padres endossam bispos e criticam Bolsonaro. Aumenta racha na Igreja Católica
Mais de mil padres assinaram um manifesto em apoio aos bispos que haviam divulgado uma carta em crítica a Jair Bolsonaro. Segundo os padres, o governo atual faz uma defesa "intransigente dos interesses de uma economia que mata, centrada no mercado e no lucro a qualquer preço". Aumenta o racha entre as chamadas alas "progressista" e "conservadora" na Igreja Católica
247 - Mil e cinquenta e oito padres brasileiros assinaram um manifesto, divulgado na tarde desta quinta-feira (30), em apoio a uma carta de 152 bispos da Igreja Católica com críticas ao governo Jair Bolsonaro (sem partido), tornada pública no fim de semana. A iniciativa aumenta o racha entre as chamadas alas "progressista" e "conservadora" na Igreja Católica.
De acordo com o documento dos padres, publicado pela BBC, os governantes "têm o dever de agir em favor de toda a população, de maneira especial os mais pobres", mas "não tem sido esse o projeto do atual governo", que "não coloca no centro a pessoa humana e o bem de todos, mas a defesa intransigente dos interesses de uma economia que mata, centrada no mercado e no lucro a qualquer preço".
"Por isso, também estamos profundamente indignados com ações do presidente da República em desfavor e com desdém para com a vida de seres humanos e também com a da 'nossa irmã, a Mãe Terra', e tantas ações que vão contra a vida do povo e a soberania do Brasil", diz o texto.
Os padres disseram que a manifestação dos bispos brasileiros "em profunda comunhão com o papa Francisco e seu magistério e em comunhão plena com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)" oferece ao povo "luzes para o discernimento dos sinais nestes tempos tão difíceis da história do nosso País".
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