TV 247 logo
    HOME > Brasil

    Em decisão histórica, Justiça do Rio reconhece 47 pessoas como não-binárias

    Segundo a ex-coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade Sexual (Nudiversis) da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, Mirela Assad, “é histórico para o Estado, mas também para o Brasil”

    Bandeira da identidade não-binária (Foto: Shutterstock)

    ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

    247 - O Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade Sexual (Nudiversis) da Defensoria Pública do Rio de Janeiro obteve a retificação do gênero, para não-binário, na certidão de nascimento de 47 pessoas. A alteração permite que passe a constar no campo sexo a opção ‘não especificado’. A retificação de tantas pessoas ao mesmo tempo é histórica. A informação é de O Estado de S.Paulo.

    A defensora Mirela Assad, que foi coordenadora do Nudiversis, avalia: “É histórico para o Estado, mas também para o Brasil”.

    Pessoas não-binárias são aquelas que não se identificam nem como homem nem como mulher. “Acho que com o tempo vem a aceitação, inclusive da linguagem neutra que é tão atacada hoje em dia. A partir do momento que naturalizar no nosso convívio pessoas não-bináries, a gente vai naturalizar se dirigir a essas pessoas respeitosamente pela linguagem neutra. Já vimos alguns infelizes projetos de lei tentando proibir essa linguagem e isso é altamente discriminatório. Não há o que proibir. Eu acho que é uma questão que vai partir pela educação. A gente vai conhecer, vai compreender o que são os não-bináries e eles fazem parte da sociedade”, pontua a defensora.

    Um mutirão foi organizado na última sexta-feira, 26, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, na capital fluminense, para formalizar as retificações.

    As pessoas que têm certidões alteradas, podem pedir a mudança nos demais documentos, como RG, CPF, título de eleitor e certidão de casamento. 

    São poucos os reconhecimentos de pessoas não-binárias no país. Veja o vídeo do Tribunal de Justiça de Alagoas, como caso de Fênix da Silva Leite, a primeira pessoa reconhecida como não-binária no Estado, em outubro deste ano:

     

    “Já temos casos no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e no Piauí, além de outros dois extrajudiciais, realizados diretamente em cartórios do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte”, informa a advogada Bruna Cristina Santana de Andrade, CEO e cofundadora da startup Bicha da Justiça.

     

    Inscreva-se no canal de cortes do 247 e assista:


    iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: