Em dezembro, aliados de Bolsonaro já falavam da reunião golpista com as Forças Armadas, como delatado por Cid
Paulo Generoso, sócio de Eduardo Bolsonaro, e Ramiro dos Caminhoneiros já falavam, em dezembro do ano passado e em janeiro deste ano, da reunião golpista
247 - A reunião em que que Jair Bolsonaro (PL) e integrantes da cúpula das Forças Armadas discutiram a possibilidade de um golpe de estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como relatado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário em sua delação premiada à Polícia Federal, já era de conhecimento de aliados e interlocutores próximos do então ocupante do Palácio do Planalto que chegaram a divulgar a informação nas redes sociais. >>> Após bomba, Bolsonaro faz reunião de emergência com aliados e avalia partir para cima de Cid
Segundo o Metrópoles, em dezembro de 2022, o influenciador e empresário Paulo Generoso, sócio de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Braz Global Holding, criada no ano passado nos Estados Unidos, escreveu em suas redes sociais sobre o plano de golpe. Na postagem, generoso falava sobre a reunião e que Bolsonaro “pediu apoio para barrar o avanço do Judiciário sobre os outros poderes e que a posse de Lula fosse adiada por seis meses até que a equipe de juristas fizesse uma investigação sobre favorecimento a Lula”. >>> Mauro Cid entrega Bolsonaro e diz que ele consultou militares sobre golpe
Na sequência, o bolsonarista contava que o então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, foi contra o plano golpista. O detalhe de que apenas o comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, teria apoiado a ideia de apoiar um golpe de Estado. “Freire Gomes foi contra e disse que não valia a pena ter 20 anos de problemas por 20 dias de glória e falou que não apoiaria ou atenderia o chamado do presidente pra moderar a situação mesmo após Bolsonaro apresentar vários indícios de parcialidade em favor de Lula pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e STF [Supremo Tribunal Federal]”, contou.
Um outro extremista, o bolsonarista Ramiro Alves da Rocha Cruz Júnior, conhecido como “Ramiro dos Caminhoneiros”, também vazou detalhes da reunião entre Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas, afirmando em um áudio que "dois terços das Forças" se opuseram ao plano golpista e ameaçaram prender Bolsonaro se ele prosseguisse. >>> Proposta de ditadura foi levada a Bolsonaro por Filipe Martins e previa prisão de adversários políticos, segundo Mauro Cid
“Até onde eu sei, o da Marinha foi o único que falou: ‘Presidente, eu estou com o senhor, porque eu enxergo essa ameaça’. Os outros dois falaram: ‘Ó, nós não estamos e nós vamos te prender, presidente, se o senhor assinar’”, diz Ramiro no áudio. >>> Ex-comandante da Marinha apoiou plano golpista de Filipe Martins e Bolsonaro, conta Cid
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