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    Em lobby contra isolamento, Bolsonaro diz que 'Forças Armadas podem ir às ruas' se restrições provocarem caos

    Em novo discurso contra restrições recomendadas por autoridades de saúde, Jair Bolsonaro afirmou que essas medidas têm "prejudicado a família brasileira". "O número de suicídio tem aumentado, o desespero", disse. "As Forças Armadas podem ir para a rua, sim, para fazer valer o artigo 5, direito de ir e vir, direito ao trabalho, liberdade religiosa, de culto", afirmou

    (Foto: Divulgação)
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    247 - Jair Bolsonaro afirmou nessa sexta-feira (23) que as Forças Armadas poderão ir às ruas para garantir a ordem no Brasil se houver "caos" em decorrência das medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores contra a Covid-19. Em novo discurso contra o distanciamento social, recomendado por autoridades de saúde para conter a propagação do coronavírus, Bolsonaro disse que a medida estaria descumprindo a Constituição, que garante as liberdades para o cidadão. O Supremo Tribunal Federal (STF) deu o aval, desde abril do ano passado, para governantes locais adotarem medidas restritivas durante a pandemia.

    Para Bolsonaro, alvo de mais de cem pedidos de impeachment protocolados junto ao Congresso Nacional, o distanciamento social "tem prejudicado a família brasileira". "O número de suicídio tem aumentado, o desespero. Vamos temer o vírus mas o desemprego não pode ser abandonado", afirmou em entrevista concedida à "TV Crítica", do Amazonas.

    "O nosso Exército, se precisar, iremos para as ruas não para manter o povo dentro de casa, mas pare restabelecer todo o artigo 5 da Constituição. E se eu decretar isso vai ser cumprido esse decreto", acrescentou.

    De acordo com Bolsonaro, "as Forças Armadas podem ir para a rua, sim, para fazer valer o artigo 5, direito de ir e vir, direito ao trabalho, liberdade religiosa, de culto, para cumprir tudo aquilo que está sendo descumprido por parte de alguns governadores, prefeitos".

    "Agora, eu não posso extrapolar. Isso que alguns querem, que extrapole. Estou junto com os 23 ministros, da Damares ao Braga Netto, praticamente conversado sobre isso daí: o que fazer se um caos generalizado se implantar no Brasil. Pela fome, pela maneira covarde que alguns querem impor essas medidas restritivas para o povo ficar dentro de casa. O caldo não entornou ano passado em função do auxílio emergencial", disse. 

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