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    Em meio à crise diplomática Brasil-Israel, embaixador isarelense não vai a ato de apoio a Bolsonaro

    Segundo diplomatas israelenses, Daniel Zonshine não foi convidado oficialmente e "mesmo que fosse chamado, ele não compareceria ao ato"

    Daniel Zonshine. Foto: Alan Santos - PR

    247 - Em meio ao acirramento da crise diplomática entre Brasil e Israel, o embaixador israelense Daniel Zonshine não deverá comparecer ao ato em apoio a Jair Bolsonaro (PL)  na Avenida Paulista, no domingo (25). Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, diplomatas israelenses informaram “que não houve convite oficial a ele e que, mesmo que fosse chamado, ele não compareceria ao ato”. 

    Bolsonaro também afirmou desconhecer "completamente" qualquer convite feito a Zonshine ou que ele vá participar do ato. A especulação sobre sua presença surgiu após uma sugestão do ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, que afirmou que o diplomata seria bem recebido no evento. >>> Situação do embaixador de Israel no Brasil pode se tornar "insustentável", avalia o governo Lula

    A crise diplomática entre Brasil e Israel escalou após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar o massacre de civis palestinos por Israel ao Holocausto. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou Lula, considerando que ele ultrapassou a "linha vermelha". O episódio também resultou em reprimendas ao embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer. 

    A chancelaria isarelense também afirmou que o mandatário brasileiro era “persona non grata” no país até que se retratasse da declaração. Em resposta, o governo convocou Meyer de volta ao país para consultas e cobrou explicações de Zonshine sobre os posicionamentos e declarações feitas pelo governo isarelelense. 

    O presidente Lula tem se destacado como a principal voz no mundo a se erguer contra o genocídio perpertrado pelo governo de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino. Desde o 7 de outubro, Netanyahu já comandou o assassinato de 30 mil palestinos, sobretudo mulheres e crianças, feriu 70 mil, deslocou 1,5 milhão de pessoas e destruiu as residências e a infraestrutura de Gaza. Rabinos judeus ortodoxos do grupo Torah Judaism dão razão ao presidente brasileiro e dizem que as ações de Netanyahu são ainda mais graves do que as práticas nazistas.

     

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