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    Em mensagens, mulher de Queiroz reconhece que ela e o marido intimidavam testemunhas

    Juiz Flávio Itabaiana Nicolau, que decretou a prisão de Fabrício Queiroz, citou mensagens de Márcia Oliveira de Aguiar. Ela comparou o marido com um bandido "que tá preso dando ordens aqui fora, resolvendo tudo". Uma das testemunhas que deixaram de ser ouvidas foi Danielle Nóbrega, ex-mulher do miliciano Adriano Nóbrega, morto pela polícia na Bahia

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    247 - O juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), avaliou que Fabrício Queiroz e sua mulher, Márcia Oliveira de Aguiar, poderiam atrapalhar as investigações, ameaçando testemunhas e investigados, se continuassem soltos. O magistrado citou mensagens dela que chegou a comparar o marido com um bandido "que tá preso dando ordens aqui fora, resolvendo tudo". Uma das testemunhas que deixaram de ser ouvidas foi Danielle Nóbrega, ex-mulher do capitão do Bope, Adriano Nóbrega, miliciano morto no começo deste ano pela polícia na Bahia e que era ligado à família Bolsonaro.

    O magistrado decretou a prisão preventiva do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro por envolvimento em um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio. 

    Nicolau citou mensagens de Márcia, colhidas em ação anterior de busca e apreensão pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ). O relato foi publicado no jornal O Globo. O juiz também decretou a prisão de Márcia, que ainda não foi localizada. 

    De acordo com o juiz, testemunhas deixaram de ser ouvidas por orientação de Fabrício Queiroz. Esse foi o caso de Danielle Nóbrega, ex-mulher do capitão do Bope, Adriano Nóbrega, que constou como assessora de Flávio Bolsonaro por 10 anos e foi demitida do gabinete em novembro de 2018 a pedido de Queiroz. 

    Nóbrega morreu no começo deste ano em uma operação policial na Bahia. Ele chefiava o chamado Escritório do Crime, grupo de milicianos matadores de aluguel e suspeito de envolvimento com a morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada pelo crime organizado. Ativista de direitos humanos, a ex-parlamentar denunciava a violência policial e a atuação de milícias nas favelas.

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