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    Em ofício à Receita, ajudante de ordens de Bolsonaro pede liberação das joias

    O governo Jair Bolsonaro tentou, irregularmente, trazer para o Brasil joias com diamantes avaliadas em R$ 16,5 milhões em 2021

    (Foto: Alan Santos/PR | Reprodução)

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    247 — O blog de Andreia Sadi, do G1, obteve acesso exclusivo ao ofício do gabinete de Jair Bolsonaro (PL) pedindo à Receita Federal a liberação das joias apreendidas no aeroporto de Guarulhos. O militar e ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, pediu a liberação ao então chefe da Receita, o auditor Júlio Gomes.

    O governo Jair Bolsonaro tentou, irregularmente, trazer para o Brasil joias com diamantes avaliadas em R$ 16,5 milhões em 2021. As joias eram ‘presentes’ do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Pelo valor, o caso indica um caso de propina.

    O tenente-coronel Mauro Cid pediu ao comandante da Receita a “incorporação dos bens abaixo descritos a este órgão da União”. A mensagem terminava com o aviso: “Autorizo que os bens sejam retirados pelo representante Jairo Moreira da Silva”, primeiro-tenente da Marinha que, no dia seguinte (29 de outubro), embarcou em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para cumprir a missão.

    O documento é classificado como inábil e irregular. Mauro Cid não tinha atribuição legal para fazer o pedido, que caberia ao gabinete de Documentação Histórica.

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