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    Entidades de direito e sociais pedem fim da violência nas eleições

    Entidades ligadas a área do Direito e sociais divulgaram nota repudiando a violência no processo eleitoral que vem se agravando nos últimos meses e culminou na agressão contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL); "O avanço da violência política vem ocorrendo no ambiente de profunda crise institucional do país, cuja raiz é a falta de legitimidade", destaca o texto; "É urgente pacificar o país", dizem os movimentos; "É hora de restabelecer o respeito à diversidade, o diálogo e o retorno do Brasil à normalidade democrática", ressaltam 

    Entidades de direito e sociais pedem fim da violência nas eleições
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    247 - Entidades ligadas a área do Direito e sociais divulgaram nota conjunta repudiando a violência no processo eleitoral que vem se agravando nos últimos meses e culminou na agressão a faca sofrida pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL) durante um ato de campanha em Minas Gerais. "É preciso, acima de tudo, estancar a espiral de violência instalada no país", diz a nota assinada por movimentos como o Movimento em Defesa da Democracia, do Diálogo e da Diversidade (M3D), Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, entre outros.

    "O avanço da violência política vem ocorrendo no ambiente de profunda crise institucional do país, cuja raiz é a falta de legitimidade. Os poderes Executivo e Legislativo federais estão sob o controle de políticos implicados em graves episódios de corrupção e as cúpulas do poder Judiciário e do Ministério Público agem de forma parcial e contraditória, segundo suas preferências políticas, desrespeitando claramente a Constituição", destaca o texto.

    "É urgente pacificar o país, afastar os ódios e restabelecer o respeito mútuo entre os diferentes, principalmente entre aqueles que defendem caminhos diversos para o país. É hora de restabelecer o respeito à diversidade, o diálogo e o retorno do Brasil à normalidade democrática", ressaltam as entidades na nota.

    Leia a íntegra

    Nota de repúdio à violência no processo eleitoral

    O ataque contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro é inadmissível e precisa ser reparado, tanto com o seu rápido e pleno restabelecimento, quanto com a punição de seu agressor. É preciso, acima de tudo, estancar a espiral de violência instalada no país.

    Figuramos, hoje, entre as nações mais violentas do mundo, com maior número de mortes violentas, maiores taxas de feminicídio, de assassinatos de homossexuais, de militantes sociais e de jornalistas e, ainda, com a terceira maior população carcerária.

    Vemos, cada vez mais, a intolerância dividir as mais diferentes comunidades em todo o país e a violência invadir a vida política nacional.

    A vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram executados em março deste ano, no Rio de Janeiro, em plena ocupação militar da cidade, e suas mortes continuam sem esclarecimento.

    A caravana do ex-presidente e, então, pré-candidato à Presidência da República Luís Inácio Lula da Silva, também em março deste ano, teve participantes atacados com chicotes e foi atingida por tiros, quando passava pelos estados do Rio Grande do Sul e Paraná, e nenhum dos envolvidos nos atos de violência e nos atentados à bala foi sequer investigado.

    O acampamento em solidariedade ao ex-presidente Lula, em Curitiba, foi alvo de, ao menos, quatro atentados, sendo que um deles, à bala, deixou como saldo dois feridos, sem que tenha havido qualquer indiciamento pelos atos.

    Uma integrante da equipe de campanha do candidato à Presidência da República Guilherme Boulos foi ameaçada com arma de fogo, em agosto.

    O avanço da violência política vem ocorrendo no ambiente de profunda crise institucional do país, cuja raiz é a falta de legitimidade. Os poderes Executivo e Legislativo federais estão sob o controle de políticos implicados em graves episódios de corrupção e as cúpulas do poder Judiciário e do Ministério Público agem de forma parcial e contraditória, segundo suas preferências políticas, desrespeitando claramente a Constituição.

    A sociedade brasileira precisa estancar a violência contra seus cidadãos. O candidato ora agredido tem incentivado a violência, enaltecido torturadores e estimulado a agressão a homossexuais e a mulheres, além de prometer exterminar seus adversários políticos. Nada disso, no entanto, deve obscurecer o fato de que houve um ataque à vida de um cidadão e que este ato deve ser repudiado.

    É urgente pacificar o país, afastar os ódios e restabelecer o respeito mútuo entre os diferentes, principalmente entre aqueles que defendem caminhos diversos para o país. É hora de restabelecer o respeito à diversidade, o diálogo e o retorno do Brasil à normalidade democrática.

    Conclamamos todas as instituições, organizações, movimentos, integrantes de tradições religiosas, partidos e pessoas que acreditam no respeito ao outro e no diálogo a manifestarem-se publicamente contra o avanço da violência e a favor da manutenção da democracia.

    Assinam este documento as seguintes entidades e movimentos:

    M3D – Movimento em Defesa da Democracia, do Diálogo e da Diversidade
    Comitê em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito
    ABJD-RS – Associação Brasileiras de Juristas pela Democracia
    EDUCAFRO – SP
    LIERGS - Associação Quilombo Sociocultural Afrobrasileiro
    Coletivo Levante Gremista
    Portal de Hip Hop Bocada Forte

     

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