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    Especialistas em política externa preveem queda de Ernesto Araújo

    Segundo especialistas em política externa, o governo de Joe Biden, que será empossado na próxima quarta-feira (20), coloca em risco o cargo de Ernesto Araújo como chanceler do Brasil

    Ernesto Araújo (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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    247 - Com a chegada de Joe Biden ao poder a partir de 20 de janeiro, instala-se a incerteza sobre como o Brasil comandará a sua política externa nos próximos anos. O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, é o expoente de uma política alinhada a Donald Trump. Com a saída do aliado do poder no país vizinho, o ministro pode não sobreviver ao cargo.

    A análise é de especialistas em Política externa entrevistados pelo UOL, que consideram a necessidade de um sinal de paz por parte do Brasil após os ataques de Jair Bolsonaro ao novo presidente estadunidense. Este sinal poderia ser a demissão do atual ministro de Relações Exteriores. 

    O professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Guilherme Casarões, diz que é inédito na história das relações externas do Brasil um chanceler declaradamente fã de um presidente americano, como Ernesto Araújo é de Donald Trump. "Chanceleres já caíram por muito menos na história do Brasil", diz o professor. 

    Araújo se tornou chanceler com a promessa de trazer uma "nova política externa" ao Itamaraty — uma política de alinhamento automático aos Estados Unidos e contra o globalismo. Porém, para analistas em relações internacionais, o alinhamento na verdade foi ao presidente Trump, o que se provou problemático especialmente após suas ações nos últimos dias no cargo.

    Leia a íntegra da reportagem no UOL.

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