"Estamos matando o futuro da humanidade, o futuro do nosso país", diz Lula sobre morte de crianças

247 - O presidente Lula (PT) participou nesta segunda-feira (23), por videoconferência, da entrega simultânea de unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida e, em seu discurso, condenou mais uma vez a violência, especialmente contra crianças, no conflito entre Israel e Hamas, na Faixa de Gaza. Ele também mencionou a violência no Brasil, apontando a instabilidade psicológica e financeira como razão deste fenômeno. 

“Nós vamos concluir cada palavra que eu disse durante o processo eleitoral. Porque esse país merece viver em paz, esse país merece viver com amor, merece viver sem ódio. Ainda ontem, em São Paulo, houve a morte de uma criança com a arma do próprio pai. Não é possível. Eu estou vendo a quantidade de crianças que foram mortas na Palestina, em Gaza, em Israel. Não é possível. Estamos matando o futuro da humanidade, o futuro do nosso país. Isso é falta de estabilidade psicológica, estabilidade salarial, estabilidade na educação. E nós, com o Minha Casa, Minha Vida, queremos dar a vocês o direito de terem o ninho de vocês, para construir a família de vocês”, afirmou.

Ele ainda reforçou o que havia publicado no X, antigo Twitter, momentos antes: "não podemos normalizar armas acessíveis para jovens". "Eu sei o orgulho, o carinho que as pessoas têm de receber uma casinha, pequena, que as pessoas podem ir com o tempo aumentando, fazendo um quartinho a mais, um puxadinho. Isso dá cidadania às pessoas, dá decência. Quando eu pedi para o ministro Jader [Barbalho] colocar uma biblioteca em cada conjunto habitacional, é porque é uma necessidade a gente ver nossas crianças lendo, incentivá-las a ler, incentivar que quem tenha livro possa doar. O que nós não queremos é criança com arma, praticando e aprendendo violência. Queremos crianças estudando, porque o maior orgulho de um pai e uma mãe é morar em uma casinha e ver seus filhos estudarem em uma casa próxima, acompanhar o crescimento dessa criança. Até que um dia, se Deus ajudar, ver essa criança chegar a uma universidade".