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"Estão destruindo a ciência brasileira e debilitando a indústria inovadora", diz o físico Luiz Davidovich

Para o presidente da Academia Brasileira de Ciências, a pasta da ciência “sofre as consequências de uma política econômica equivocada"

Físico Luiz Davidovich (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

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247 - Em entrevista a CartaCapital, o presidente da Academia Brasileira de Ciências, o físico Luiz Davidovich, aponta o desmonte técnico e orçamentário do setor de Ciência e Tecnologia promovido pelo governo de Jair Bolsonaro. 

“O Ministério da Ciência e Tecnologia sofre as consequências de uma política econômica equivocada, que alia uma contabilidade de planilha excel a interesses eleitoreiros de curto prazo”, afirmou.

Para ele, um dos maiores exemplos do desmonte em curso são cortes nos orçamentos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o FNDCT, e do CNPq. Ele classifica a liberação dos R$ 2,7 bilhões pela União ao Fundo como “uma migalha”.

“Esse valor corresponde a um sexto das emendas do orçamento secreto”, frisou o físico. "Os recursos prometidos para o CNPq foram simplesmente desviados para outras finalidades, impedindo a realização de programas importantes para o desenvolvimento nacional. Devemos atribuir isso a uma gestão deficiente do MCTI ou do CNPq? Não! Devemos, isso sim, apontar que os responsáveis por essa situação calamitosa são o Ministro da Economia e os demais componentes da Junta Orçamentária: os ministros da Casa Civil e da Secretaria de Governo. São eles que estão destruindo a ciência brasileira, que estão debilitando a indústria inovadora. O Congresso Nacional também tem responsabilidade nisso, pois aprovou o desvio de recursos do FNDCT para crédito e a mudança no PLN-16", acrecentou.

Leia a entrevista completa na CartaCapital.

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