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    "Eu não vou aceitar", diz Eduardo Bolsonaro sobre eleição com resultado supostamente 'fraudado'

    Deputado não apresentou indícios que apontem para uma eventual fraude nas urnas eletrônicas e disse que falar sobre a possibilidade de golpe é "exercício de futurologia"

    Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução/YouTube)

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    247 - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a ameaçar desrespeitar o resultado das urnas caso a eleição seja - supostamente - fraudada. Aliado de seu pai, Jair Bolsonaro (PL), no ataque ao processo eleitoral brasileiro, o parlamentar, em entrevista a um podcast, deixou claro que o plano do bolsonarismo é questionar a lisura as eleições para justificar a o desrespeito ao resultado do pleito.

    “Eu não vou aceitar eleição fraudada. Você aceitaria?”, questionou. Sem apresentar provas, ele sugeriu haver uma espécie de desvio de votos pelas urnas eletrônicas e pela Justiça Eleitoral. "Meus representados não têm a segurança de que aquilo que eles digitam lá vai ser contado em Brasília de maneira apropriada".

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    Perguntado novamente sobre não aceitar uma eleição "fraudada", Eduardo Bolsonaro procurou ponderar, dizendo não saber se haverá fraude no pleito de outubro de 2022. “Não, eu não falei isso. Ah, não, fraudada acho que ninguém aceitaria. E eu não estou falando que a eleição de agora será fraudada. Não tenho bola de cristal. Estou me precavendo de a Folha [Folha de S. Paulo] não botar um headline [manchete] lá e falar que eu vou causar um problema no Brasil. Não tenho como comprovar que [a eleição] foi fraudada”.

    Ele chamou de "exercício de futurologia" falar sobre a possibilidade de um golpe. "A gente não pode trabalhar com esse exercício de futurologia. O jogo ainda está rolando".

    Pressionado a se pronunciar novamente sobre a possibilidade de golpe, ele mudou o tom: "não, negativo. Mas eu não estou falando disso. Só uma democracia permite que você conteste o resultado de uma eleição. Dentro de um processo eleitoral. Mas não estou falando nada de pisar fora das quatro linhas [da Constituição]”.

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