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    Ex-comandante do Exército depõe à PF em investigação sobre plano golpista

    Depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes está marcado para esta sexta-feira (29)

    general Marco Antonio Freire Gomes (Foto: Alan Santos/PR)

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    247 - O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército no governo Jair Bolsonaro (PL), prestará depoimento nesta sexta-feira (1) à Polícia Federal (PF) no âmbito da investigação que visa esclarecer uma suposta tentativa de golpe de Estado, engendrada por Bolsonaro, assessores e militares, para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

    Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, integrantes das Forças Armadas relataram que “a intenção de Freire Gomes é responder às perguntas e colaborar com as investigações. O general não é alvo do inquérito, mas militares alinhados a Jair Bolsonaro têm atuado para envolvê-lo no caso”.

     O general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, que integrou o Alto Comando do Exército e é investigado por sua concordância com o golpe, afirmou em seu depoimento à PF que participou de uma reunião com Bolsonaro em dezembro de 2022, por ordem do então comandante do Exército, Freire Gomes. Durante esse encontro, discutiu-se a possibilidade de um golpe de Estado, conforme apontado pela PF.

    Em sua delação premiada à PF, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, revelou que o único comandante das Forças Armadas mostrou disposição em aderir ao golpe foi o almirante Almir Garnier, da Marinha.

    Além de abordar a reunião de cunho golpista, o depoimento de Freire Gomes também deverá esclarecer um outro encontro que ele teria mantido com Bolsonaro, onde teriam sido discutidos detalhes de uma minuta golpista, que abriam a possibilidade para uma intervenção militar. 

    “Nos bastidores, militares bolsonaristas defendem a tese de que Freire Gomes se omitiu ou prevaricou, ao participar da reunião na qual se debateu a minuta de golpe”, destaca a reportagem. 

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