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    Exército admite que não tem controle sobre armas em posse dos CACs, um dos grupos de apoio a Bolsonaro

    Corporação alega que para conseguir catalogar as armas precisaria de12 militares por 180 dias úteis, o que seria “considerável prejuízo no cumprimento de outras atividades"

    (Foto: ABR | Divulgação)

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    247 - O Exército reconheceu que desconhece totalmente o número e o tipo de armas que estão nas mãos dos caçadores, atiradores esportivos e colecionadores (CACs), grupo que apoia Jair Bolsonaro (PL). Segundo o Exército, é impossível mensurar o número de armas dos CACs nos estados. 

    A corporação, responsável por regulamentar, autorizar e fiscalizar o registro, a posse e o porte de armas dos CACs, sabe, apenas, que em todo o país o arsenal dos CACs é de um milhão de armas, número que quatro vezes maior em relação a 2019, ano em que Bolsonaro flexibilizou, por decreto, o acesso ao armamento por civis.

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    De acordo com reportagem da Revista Fórum, o Exército alegou que,  para descobrir, precisaria deslocar 12 militares por 180 dias úteis, o que seria “considerável prejuízo no cumprimento de outras atividades, como regulamentação, fiscalização e autorização referentes ao trabalho com Produtos Controlados pelo Exército”. 

    Ainda de acordo com a reportagem, a declaração foi dada pelo Exército ao Instituto Sou da Paz. A corporação alegou que são múltiplas grafias utilizadas para um mesmo tipo de arma: “existem aproximadamente 1,5 milhão de armas registradas no sistema [incluindo CACs e forças de segurança] e, para editar e corrigir esses dados, com finalidade de padronizar a informação, é necessário acessar o registro de cada uma dessas armas”, diz trecho da reportagem. 

    O Exército atendeu a uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin e suspendeu a autorização da compra de armas de uso restrito, como fuzis, por parte do chamado grupo dos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), um das bases de apoio do governo Jair Bolsonaro (PL). A decisão final sobre o assunto será julgada a partir desta sexta-feira (16), por meio do plenário virtual da Corte.

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