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'Exército deixou de ser exército e virou milícia fascista nos atos de 8 de janeiro', diz Michel Gherman

Em entrevista à TV 247, pesquisador do nazismo disse que Jair Bolsonaro produziu uma "gramática fascista"

Atos golpistas de 8 de janeiro e Michel Gherman (Foto: ABr | Reprodução/TV 247)

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247 - O professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor do Instituto Brasil-Israel, Michel Gherman, analisou esta segunda-feira (24) o cenário político do país após a divulgação das imagens de bolsonaristas atacando o Palácio do Planalto. 

Entrevista ao programa Boa Noite 247, da TV 247, Gherman afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro produziu uma gramática fascista. "O Exército, no dia 8 de janeiro, e vimos isso acontecer, deixou de funcionar como uma força moderna e passou a ser uma força autoritária, reacionária, uma força vinculada ao passado. O Exército deixou de ser exército e passou a ser uma milícia típica das milícias fascistas", afirmou o pesquisador. 

Segundo Michel Gherman, setores da esquerda tiveram uma dificuldade muito grande de perceber que o projeto do bolsonarismo em 2016, 2017 já era um "projeto de extrema-direita fascista". "As mídias tradicionais, inclusive, apoiaram este projeto em algum sentido e não levaram em consideração falas que são claramente fascistas de Bolsonaro. Estamos falando de uma pessoa que elogia Adolf Hitler desde a década de 1990", afirmou. 

Segundo o pesquisador, ao não conseguir se reeleger, Bolsonaro deixa de ser o mediador do ódio com a política. "Ele desparece e o subterrâneo vira superfície. Então, a criança que tem 14 anos hoje, dos dez aos 14 ela viveu com Bolsonaro. Agora com Bolsonaro derrotado, o que sobra esntre jovens é o suicídio, a destruição e a morte", afirmou Michel Gherman. 

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Assista à entrevista de Michel Gherman:

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