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    Faculdade de Saúde Pública cobra coordenação nacional contra a Covid e responsabilização de autoridades

    Nota técnica da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo reivindica a implantação de uma coordenação nacional no enfrentamento à pandemia de Covid-19 e cobra a responsabilização das autoridades pela inação no combate ao coronavírus

    (Foto: USP/Divulgação)
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    247 - A Congregação da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) divulgou, nessa semana, uma nota técnica reivindicando a implantação de uma coordenação nacional no enfrentamento à pandemia de Covid-19, que já matou mais de 310 mil pessoas no Brasil, além de pedir  responsabilização das autoridades que não cumpriram o dever constitucional de proteger a saúde da população. 

    “A Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, centenária casa de Paula Souza, com seus 103 anos de história, clama pela mobilização de toda a sociedade brasileira em prol de uma coordenação nacional e efetiva da resposta brasileira à pandemia, e em favor da responsabilização das autoridades que vem descumprindo o seu dever constitucional de proteger a saúde pública, tendo como resultado uma catástrofe humana de proporções inéditas na história do Brasil”, diz um trecho da nota técnica. 

    No texto, a FSP-USP também cobra a vacinação em massa da população e alerta que “por razões científicas, éticas e jurídicas, a imunidade coletiva por contágio não pode ser admitida pelo Estado e pela sociedade brasileira como estratégia de resposta a epidemias, ainda menos diante de uma pandemia e de uma doença cujos efeitos a longo prazo ainda são ignorados”. 

    “A imunização por meio da vacina é urgente e imprescindível, mas a catástrofe sanitária só poderá ser mitigada por meio da efetiva coordenação da resposta nacional. Esta resposta deve priorizar, além da vacina, outros elementos também urgentes, como a comunicação de risco eficiente e o combate à propaganda contra a saúde pública, a vigilância em saúde, a atenção primária e outras medidas de contenção da propagação do vírus, inclusive lockdown quando necessário”, ressalta o documento. 

    O texto também destaca que “a ausência de uma coordenação nacional enfraqueceu as políticas de vigilância epidemiológica e sanitária, impedindo, no início da transmissão comunitária, a articulação federativa entre União, Estados, DF e Munícipios, bem como a interação eficiente dos entes públicos e privados para a adoção das medidas de contenção. A omissão federal também prejudicou a implementação de medidas de distanciamento físico, necessárias nas fases de aceleração e desaceleração”. 

    Leia a íntegra da nota técnica no site da FSP-USP

     

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