“Falam em ‘nuance’ entre Biden e Trump. ‘Nuance’ pode significar milhares de vidas”, afirma Celso Amorim
“Se o Trump é eleito lá, isso legitima os ditadores. Os golpistas da Bolívia, Equador, talvez até na Argentina podem se sentir animados com uma perspectiva de apoio”, falou à TV 247 o embaixador Celso Amorim sobre uma possível reeleição do presidente norte-americano. Assista
247 - O embaixador Celso Amorim rebateu, em entrevista à TV 247 nesta quarta-feira (4), análises de que tanto a eleição do candidato democrata, Joe Biden, quanto a reeleição do republicano Donald Trump signifiquem a mesma coisa em termos de política externa.
Segundo Amorim, mais quatro anos de administração de Trump na Casa Branca pode assanhar golpistas na América do Sul e trazer ainda mais instabilidade à região. “Para a América Latina vai ser uma prevalência da era do obscurantismo. O problema do Trump, entre outros, não é uma tarifa sobre o aço, isso provavelmente os democratas fariam também. O problema maior do Trump é o mau exemplo. Se o Trump é eleito lá, isso legitima os ditadores, os candidatos a monarcas absolutos, que é mais ou menos como ele se comporta. Isso é o que eu temo muito que ocorra, seria muito grave aqui para a nossa região. Os golpistas da Bolívia, Equador, talvez até na Argentina podem se sentir animados com uma perspectiva de apoio”.
Ele ainda afirmou que “a pequena diferença” entre a eleição de um ou outro candidato pode resultar em invasões, ou não, de países e a preservação de milhares de vidas. “Muita gente diz ‘é só uma nuance Biden ou Trump’. Olha, nuance conta, nuance pode ser centenas de milhares de vidas, pode ser uma intervenção militar na Venezuela, pode ser apoio específico e explícito a um golpe da Bolívia”.
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