Federação Árabe Palestina pede que Lula rompa relações do Brasil com Israel após bombardeio a hospital
"Não é possível que o Brasil faça de conta que não está vendo o que está acontecendo", disse o presidente da Federação, Ualid Rabah, em vídeo publicado nesta terça. Assista
247 - O Presidente da Federação Árabe Palestina no Brasil, Ualid Rabah, fez um apelo ao governo brasileiro para que sejam rompidas imediatamente as relações diplomáticas com Israel. Ele convocou o Brasil a reduzir seus laços com o país e retirar o embaixador israelense do território nacional, após o evento classificado "genocídio" e "exterminação sistemática" da população palestina em Gaza - nesta terça-feira (17), o hospital Al-Ahli Arab foi bombardeado, o que resultou na morte de ao menos 500 pessoas.
"Nós queremos, nesse momento, enquanto Federação Árabe Palestina do Brasil, pedir ao estado brasileiro, ao governo brasileiro, ao Ministério das Relações Exteriores e ao presidente Lula (PT), que rompam imediatamente com o Estado de Israel, que rebaixem as relações com esse Estado Terrorista e peçam para o seu embaixador se retirar do Brasil. Não é possível que o Brasil faça de conta que não está vendo o que está acontecendo. O que está havendo hoje é um banho de sangue como jamais visto na Palestina Histórica", disse Ualid.
"O que estamos vendo hoje é um genocídio programado, é a execução de um extermínio de uma população, é uma limpeza étnica que nunca cessou, mas que nesse momento é feita com requintes de barbárie.Não foi vista, em nenhum momento da história humana, a quantidade de pessoas que Israel matou nesses dias, em nenhuma guerra civil. Não é possível que a humanidade feche os olhos. Nós queremos que o Brasil, neste momento, expulse o embaixador do ente terrorista do Brasil, queremos também que o Brasil investigue os agentes do sionismo no Brasil, que perseguem os acadêmicos, que estão lançando uma campanha de ódio para defender o ente sionista em forma de Estado, Israel, que já cometeu todos os crimes de lesa humanidade denunciados pela ONU possíveis. Entretanto, segue normalizado por países como o Brasil, chega! Fora Israel, já!", concluiu o líder palestino. Confira no vídeo abaixo:
O ataque de hoje se trata do mais mortal em cinco guerras desde 2008. Antes desse devastador ataque ao hospital, outro bombardeio aéreo israelense atingiu uma escola administrada pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) no campo de refugiados de Al-Maghazi, em Gaza. Esse ataque deixou pelo menos seis mortos e centenas de feridos, conforme relatado pela UNRWA em sua plataforma de mídia social.
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