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    "Foi decisão do governo Lula de federalizar a investigação que levou à prisão dos suspeitos de mandar matar Marielle", diz PT

    Em nota, diretório nacional do partido cita intervenção de Braga Netto no Rio e cobra investigações sobre 'todos os envolvidos'

    Lula e Marielle Franco (Foto: Ricardo Stuckert | Divulgação)

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    247 - O Partido dos Trabalhadores se pronunciou nesta terça-feira (26), por meio de nota emitida pelo seu diretório nacional, saudando o avanço das investigações relacionadas ao assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O destaque foi dado à prisão dos suspeitos de serem mandantes do crime, incluindo o deputado federal Chiquinho Brazão e seu irmão Domingos Brazão, além do ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.

    A nota ressalta que a correta decisão do governo Lula, de federalizar a investigação, foi crucial para o desdobramento que levou à prisão dos suspeitos. O partido enfatiza que essa medida representa um marco na luta contra a violência política e de gênero no país e espera que mobilize a sociedade contra tais práticas odiosas que afetam lideranças.

    Além disso, o PT destaca a necessidade de ampliar as investigações sobre todos os envolvidos no crime, durante o período da intervenção federal no Rio de Janeiro, sob o comando do general Braga Netto, entre fevereiro e dezembro de 2016.

    Em relação a outros temas, o partido reafirmou o compromisso com a democracia, no contexto do aniversário de 60 anos do golpe de 1964, e ressaltou que "apoiará e participará dos atos e manifestações da sociedade previstos para os dias 31 de março e 1º. de abril em diversos pontos do país". Ainda, reforçou "a mobilização contra a anistia aos golpistas" envolvidos na trama que pretendia sabotar o Estado Democrático de Direito no final do mandato de Jair Bolsonaro na presidência da República, citando nominalmente o ex-ocupante do Palácio do Planalto e "generais e chefes militares golpistas, empresários e demais envolvidos na conspiração".

    Por fim, a nota do PT exigiu o fim do genocídio perpetrado por Israel em Gaza e apoiou a recente decisão do Conselho de Segurança da ONU que aprovou o cessar-fogo imediato. Confira a nota na íntegra: 

    "O Partido dos Trabalhadores saúda o avanço das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, com a prisão dos suspeitos de ordenarem o crime, o deputado federal Chiquinho Brazão e seu irmão Domingos Brazão, além do ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa.

    Após seis anos de obstrução da Justiça, a correta decisão do governo Lula de federalizar a investigação, que levou à prisão dos suspeitos de serem mandantes do assassinato de Marielle, é um marco na luta contra a violência política e de gênero no país, que esperamos sirva para mobilizar a sociedade contra esta odiosa prática que se abate sobre nossas lideranças.

    Ao mesmo tempo em que merece destaque o trabalho sério da Polícia Federal, em sintonia com o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal, é importante ampliar as investigações sobre todos os envolvidos no crime cometido durante a intervenção federal no Rio de Janeiro, sob comando do general Braga Netto, entre fevereiro e dezembro de 2016.

    Também resultado dos debates realizados na reunião do Diretório Nacional, às vésperas do dia de memória dos 60 anos do golpe de Estado de 1964, o Partido dos Trabalhadores reafirma seu compromisso com a defesa da democracia no país, valor presente no DNA originário do partido desde sua fundação em 10 de fevereiro de 1980.

    O PT apoiará e participará dos atos e manifestações da sociedade previstos para os dias 31 de março e 1º. de abril em diversos pontos do país, além das atividades organizadas por sua fundação, a Fundação Perseu Abramo, sobre os 60 anos do Golpe de 1964.

    O PT considera importante destacar que seu compromisso com a democracia inclui, além da defesa das liberdades democráticas e dos direitos individuais, a restauração dos direitos socais e trabalhistas cortados nos últimos anos, a garantia do acesso ao emprego e renda, às políticas públicas de caráter social e inclusivo, a plena participação popular no Orçamento da União, como defende o presidente Lula, e a ampliação dos espaços de participação e decisão.

    Neste momento em que o ex-presidente acusado de comandar um novo e frustrado golpe de Estado desafia as leis nacionais e mesmo internacionais, o PT reforça a mobilização contra a anistia aos golpistas, exige punição de todos que planejaram, financiaram e organizaram a conspiração golpista e os atentados de 8 de janeiro, sejam civis ou militares. Todos: desde seu comandante, Jair Bolsonaro, aos generais e chefes militares golpistas, empresários e demais envolvidos na conspiração.

    Por fim, o Partido dos Trabalhadores soma sua voz a de todos os democratas e humanistas do mundo para exigir o fim do genocídio do povo palestino em Gaza, patrocinado pelo governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu, que ceifa violentamente a vida de crianças e mulheres, além de desafiar a paz e atrair o mundo para uma guerra sem fim na região.

    O Partido dos Trabalhadores aplaude a corajosa e determinada posição do presidente Lula exigindo o fim do conflito na região, a defesa de existência do Estado da Palestina, bem como o apoio prestado aos moradores de Gaza, na retirada do centro do conflito e no envio de alimentos e remédios.

    Expressamos, ainda, o apoio a recente decisão do Conselho de Segurança da ONU que aprovou o cessar-fogo imediato, iniciativa encaminhada pelo governo brasileiro e outros países, em consonância com a história da diplomacia brasileira e com a tradição de luta pela paz de nosso povo.

    Diretório Nacional do PT
    26 de março de 2024."

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