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    Gilmar deve levar suspeição de Moro contra Lula a julgamento até novembro

    O Habeas Corpus apresentado em dezembro do ano passado pela defesa do ex-presidente Lula, que aponta parcialidade de Moro, deve ir a julgamento até novembro. A afirmação é do próprio ministro Gilmar Mendes, que pediu vistas após os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia votarem contra o pedido de liberdade do ex-presidente

    Gilmar Mendes e Sergio Moro (Foto: STF | Senado)

    247 - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira (17) que pretende levar para julgamento até novembro o habeas corpus em que a defesa do ex-presidente Lula acusa o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro de atuar com parcialidade no processo em que o condenou no caso do triplex do Guarujá.

    “Outubro, novembro a gente julga isso, ainda não tem data”, disse Gilmar Mendes a jornalistas, ao chegar no Supremo.

    O recurso foi apresentando em dezembro do ano passado a Segunda Turma do STF. Na época, o relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, e a ministra Cármen Lúcia votaram contra o pedido de liberdade de Lula. A discussão acabou interrompida por um pedido de vista de ministro Gilmar Mendes.

    O ministro chegou a defender que o HC fosse julgado pelo plenário do STF. "Estou seguindo a praxe do relator". Além de Gilmar, faltam se posicionar os ministros Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, sendo este último considerado decisivo para a definição do julgamento.

    Agora, os ministros analisam os fatos com o conteúdo da Vaza Jato sobre a mesa As revelações do The Intercept evidenciaram o conluio de Moro com os procuradores de Curitiba para condenar o ex-presidente.

    Em entrevista ao UOL, Gilmar Mendes disse que a cúpula da da Lava Jato violou o Estado democrático de Direito e deveria assumir seus erros e sair de cena.

    "Simplesmente dizer: nós erramos, fomos de fato crápulas, cometemos crimes. Queríamos combater o crime, mas cometemos erros crassos, graves, violamos o Estado de Direito", afirmou. 

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