Gilmar Mendes diz que Lava Jato foi "degeneração" e sugere a Dallagnol fundar igreja
Na entrevista ao Prerrogativas, ministro do STF afirmou ainda que é preciso "salvar o Judiciário desse grande escândalo" que foi o modelo implantado por Moro e ex-procurador
247 - O ministro do STF Gilmar Mendes foi duro ao avaliar o saldo da Lava Jato durante a live do grupo Prerrogativas, grupo de juristas que nasceu para restabelecer no Brasil o pacto constitucional, violentado pela força-tarefa de Curitiba, sob a liderança de Sergio Moro. A live foi na manhã deste sábado (15).
Mendes afirmou que o “modelo Moro e Deltan Dallagnol” deu errado e, com ironia, sugeriu ao ex-coordenador da operação fundar uma Igreja.
“Temos que discutir esse modelo da Procuradoria-Geral da República. E discutir um pouco toda essa questão. Não pode ser esse modelo que o ‘lavajatismo’ estabeleceu em que Curitiba mandava no Brasil, condicionava todos os passos. E aí tem a ver com a mídia e tudo mais. Aqui a gente tem que olhar, que houve de fato uma degeneração”, disse Gilmar Mendes.
“Esse modelo deu errado. O modelo Moro x Dallagnol deu errado. Vamos salvar o judiciário desse grande escândalo. Agora, não acreditem que são o quarto poder porque não são. Não queiram ter papel auxiliar do sistema político-partidário, tentem encontrar o seu papel”, declarou ainda.
“Esses dias eu vi o Dallagnol dizendo que, quando saiu da Câmara e estava no avião, começou a chover pix. É o novo contato com a espiritualidade. É a espiritualidade do dinheiro, então já pode fundar uma igreja”, ironizou Mendes.
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