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Governo avalia estender por tempo indeterminado permanência de embaixador que voltou de Israel

Frederico Meyer chegou ao Brasil há uma semana, após ser convocado de volta ao país devido à tensão diplomática com Israel, que passou a atacar o presidente Lula

Embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

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247 - O governo brasileiro avalia estender a permanência do embaixador Frederico Meyer por tempo indeterminado no Brasil, enquanto busca distensionar as relações com Israel, diz a CNN Brasil. Meyer chegou ao Brasil há uma semana, após ser convocado de volta ao país devido à tensão diplomática decorrente da declaração em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou o massacre de civis palestinos ao Holocausto. Desde o seu retorno, Meyer não se encontrou com Lula e manteve apenas um encontro rápido com o chanceler Mauro Vieira.

Embora o encontro entre Meyer, Lula e Vieira ainda não tenha ocorrido, fontes da diplomacia brasileira sugerem que a agenda lotada de ambos prejudicou a marcação. O país sediou uma reunião do G20, e, nesta quarta-feira (28) o presidente viaja para Georgetown, capital da Guiana, onde participa, como convidado especial, do encerramento da 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom).

“Nesse sentido, o Brasil está sem embaixador em Israel há mais de uma semana e, segundo fontes da diplomacia brasileira, não há previsão de que ele retorne no curto prazo”, destaca a reportagem.

Nesta quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, voltou a criticar o presidente Lula e a exigir que ele se retrate da declaração feita durante uma viagem à Etiópia, no início de fevereiro.


presidente Lula tem se destacado como a principal voz no mundo a se erguer contra o genocídio perpertrado pelo governo de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino. Desde o 7 de outubro, Netanyahu já comandou o assassinato de 30 mil palestinos, sobretudo mulheres e crianças, feriu 70 mil, deslocou 1,5 milhão de pessoas e destruiu as residências e a infraestrutura de Gaza. Rabinos judeus ortodoxos do grupo Torah Judaism dão razão ao presidente brasileiro e dizem que as ações de Netanyahu são ainda mais graves do que as práticas nazistas.


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