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    Governo Bolsonaro é acusado de superfaturar compra de carcaça de frango para indígenas

    Pescoço de galinha foi comprado a R$ 260 o quilo

    (Foto: Ricardo Stuckert)

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    247 - O governo de Jair Bolsonaro enfrenta acusações de ter adquirido pescoço de galinha superfaturado para indígenas na Amazônia. Sem licitação, o produto foi comprado por incríveis R$ 260 o quilo, um valor 24 vezes maior do que o preço médio de R$ 10,7 registrado em outros contratos governamentais no mesmo período. Enquanto isso, a mesma carne pode ser encontrada em grandes redes de supermercados por até R$ 5 o quilo, informa o jornal O Estado de S. Paulo. 

    A compra em questão foi realizada pela coordenação regional da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) no Rio Madeira (AM), responsável pela aquisição do pescoço de galinha e também de outros produtos que nunca foram distribuídos às famílias indígenas durante a pandemia da COVID-19. Enquanto as aldeias enfrentam fome e desnutrição, indígenas de recente contato, como os pirahãs, não receberam a carne. O atual comando da Funai e a gestão do órgão no governo Bolsonaro não se pronunciaram sobre a polêmica compra.

    >>> Funai vai investigar compra de 19 toneladas de bisteca para indígenas que o governo Bolsonaro não entregou

    Além desse caso, o governo Bolsonaro também está envolvido em outras polêmicas relacionadas ao fornecimento de alimentos aos indígenas. Recentemente, foi revelado que 19 toneladas de bisteca compradas para o Vale do Javari (AM) nunca foram entregues, e que R$ 4,4 milhões foram gastos para fornecer sardinha e linguiça aos indígenas yanomamis, apesar de orientações técnicas e alertas do Ministério Público de que esses alimentos não são apropriados e prejudicam a saúde dos povos indígenas da região.

    A compra do pescoço de galinha foi realizada para indígenas da etnia Mura e funcionários da Funai, em uma missão na floresta amazônica. O gasto total com a aquisição de carnes atingiu R$ 927,5 mil entre 2020 e 2022. Desse valor, R$ 5,2 mil foram destinados à compra de 20 quilos de pescoço de galinha a R$ 260 o quilo. Não há registros de entrega deste produto nesse período. O empresário responsável pela venda, Herivaneo Vieira de Oliveira Junior, filho de um ex-prefeito local, foi preso anteriormente por ataques a órgãos ambientais.

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