Governo defende investidor brasileiro para Avibras, mas está aberto a aceitar venda da empresa para grupo estrangeiro
Avibras encontra-se em negociações avançadas com a DefendTex, empresa da Austrália
247 - A Avibras Aeroespacial, empresa nacional da indústria de defesa e símbolo de inovação desde sua fundação em 1961 por engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), enfrenta um dos maiores desafios de sua história. Imersa em um processo de recuperação judicial desde julho de 2023, quando seus credores deram o aval a um plano para sanar uma dívida de R$ 640 milhões, a empresa vê-se no cerne de um debate sobre seu futuro.
Segundo informações da Coluna do Estadão, diante dessa encruzilhada financeira, o governo Lula, juntamente com stakeholders importantes, como o sindicato dos metalúrgicos, tem manifestado uma clara preferência pela busca de soluções nacionais. A pressão exercida pelo sindicato visava à estatização da Avibras, um movimento que sublinha a importância estratégica da empresa para o país. Contudo, na visão do Palácio do Planalto, a melhor rota para a Avibras seria a aquisição por um investidor nacional.
Enquanto a preferência pelo investimento nacional ganha força, a Avibras encontra-se em negociações avançadas com a DefendTex, empresa da Austrália, que representa uma possível, porém controversa, saída para a recuperação econômica da indústria bélica.
O embate sobre o futuro da Avibras transcendeu os limites corporativos e judiciais, chegando às ruas em 14 de março, quando cerca de 100 trabalhadores da empresa se reuniram em um protesto diante de sua sede para reivindicar o pagamento de salários atrasados. Esse ato não apenas evidencia as dificuldades imediatas enfrentadas pela força de trabalho da Avibras, mas também amplifica o clamor por uma solução que resguarde os interesses nacionais e os direitos dos trabalhadores.
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