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    Governo federal gastará R$ 350 mi para "resolver problema" do reajuste de energia no Amapá, diz ministro

    A situação das contas de energia no Amapá vem sendo discutida nas últimas semanas, depois que foi determinado um aumento de mais de 30% das tarifas no Estado

    Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (Foto: Tauan Alencar/MME)

    (Reuters) - O governo federal vai gastar de forma excepcional 350 milhões de reais para "resolver o problema" na conta de luz da população do Amapá, afirmou nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

    O ministro, que fez o anúncio em discurso durante cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Macapá, não forneceu detalhes sobre a medida. Ele afirmou que agora o "povo do Amapá só pagará a média nacional". "Para isso acontecer, de forma excepcional, fora da curva, fora do que acontece normalmente, o governo federal está resolvendo o problema do Amapá investindo 350 milhões de reais para resolver o povo do Amapá", afirmou.

    A situação das contas de energia no Amapá vem sendo discutida pelo governo junto a autoridades amapaenses nas últimas semanas, depois que foi determinado um aumento de mais de 30% das tarifas no Estado. Na semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou uma decisão sobre o tema em meio à possibilidade de edição da medida provisória.

    A revisão extraordinária das tarifas no Estado foi solicitada pela distribuidora de energia local, do grupo Equatorial Energia. A companhia, uma das maiores do setor de distribuição no Brasil, comprou a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) em leilão de privatização realizado em 2021 e, desde então, vem investindo para elevar a base de ativos regulatórios, que são remunerados via tarifas.

    O tema dos reajustes está na mira da Aneel, que já estuda formas para reduzir as elevadas tarifas no Norte e Nordeste. Segundo o regulador, um dos motivos para os altos valores cobrados nas contas de luz dessas regiões é a baixa densidade demográfica e o consequente baixo consumo de energia per capita, sobretudo no Norte, o que faz com que os custos de distribuição de energia sejam arcados por uma base reduzida de consumidores.

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