Governo Lula avalia tirar segurança presidencial e Abin do controle do GSI
Desconforto se deve ao processo de militarização da área de inteligência durante o governo Jair Bolsonaro
247 - A equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), avalia afastar a segurança presidencial e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), atualmente comandado pelo bolsonarista Augusto Heleno. De acordo com a Folha de S. Paulo, o desconforto da equipe do novo governo se deve à militarização da área de inteligência.
“Uma das hipóteses em estudo é alocar a Abin sob outra secretaria palaciana, como a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), cujo principal cotado para o posto é o ex-chanceler Celso Amorim. Já a segurança presidencial, segundo relatos de quem acompanha as conversas, ficaria com a Polícia Federal”, destaca a reportagem. O afastamento da Abin da influência do GSI também é defendido pela Intelis (União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin).
O atual chefe de segurança da equipe de Lula, o delegado Andrei Augusto Passos, foi nomeado na semana passada para integrar o grupo técnico de inteligência estratégica do gabinete de transição e tem o nome cotado para assumir a Direção-Geral da Polícia Federal. “A proposta na mesa da transição esvaziaria o GSI de duas de suas principais funções e não é vista como unanimidade na equipe do presidente eleito”, ressalta o periódico.
Enquanto o impasse não é resolvido, dois planos de segurança para a festa da posse de Lula foram traçados de forma paralela. Um deles elaborado pela PF, juntamente com corporações do Distrito Federal, como Polícia Militar e Bombeiros; e o outro pelo GSI e militares do Exército.
Apesar do Exército e do GSI não terem sido acionados formalmente, o plano de segurança foi elaborado, uma vez que até então esta responsabilidade cabe às duas instituições.
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