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    Governo vai agir já em 1º de janeiro contra atos golpistas, diz Dino

    Futuro ministro da Justiça e Segurança Pública afirmou que é urgente acabar com os acampamentos de bolsonaristas em Brasília

    Flávio Dino (Foto: Marcos Corrêa/PR)

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    247 - O futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve antecipar ações já no dia 1º de janeiro contra manifestações golpistas para evitar uma "situação de instabilidade" no país, disse nesta segunda-feira (26) o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA).

    "Nós vamos, obviamente, antecipar certos atos, porque não pode haver vazio de poder. Então isso não ocorrerá, no sentido de que já nas primeiras horas do dia 1º, vamos tomar providências para que não ocorra essa situação de instabilidade", disse Dino em entrevista à GloboNews.

    "Isso se refere ao conjunto das instituições que estão sob o comando do Ministério da Justiça e ao restante do governo", afirmou o futuro ministro.

    Dino vem sendo uma voz ativa nas investigações da tentativa frustrada de atentado terrorista bolsonarista em Brasília. O terrorista George Washington Sousa tentou explodir uma bomba na área do Aeroporto Internacional de Brasília, neste sábado (24), e admitiu em depoimento na 01º Delegacia de Polícia (Asa Sul) a motivação política do crime. Ele, que figurava nos acampamentos golpistas de bolsonaristas na capital federal, também confessou que estava planejando o atentado para o dia da posse de Lula, em 1º de janeiro.

    Nesse contexto, Dino afirmou que é urgente acabar com os acampamentos de bolsonaristas. Ele declarou que espera "providências" nesta semana das Forças Armadas e do atual governo para desmobilizar os manifestantes.

    "Em relação às Forças Armadas, esperamos providências nesta semana. Já houve diminuição deste acampamento [em Brasília]. É hora de pôr fim a isso, é urgente que isso ocorra uma vez que por todas essas razões. É algo incompatível com a Constituição, e isso se refere a todo o território nacional", disse Dino. 

    "Imagino que as Forças Armadas vão debater isso, especialmente o Exército. Na próxima semana estaremos no governo e todas as providências serão tomadas, inclusive sobre crimes anteriores", completou.

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