GSI de Gonçalves Dias adulterou relatório do 8/1 para retirar registros de alertas, diz jornalista
Falsificação teria envolvido tentativa de remover a informação de que o general Gonçalves Dias foi informado dos riscos de invasão de prédios públicos
247 - A jornalista Malu Gaspar, de O Globo, afirmou, nesta quarta-feira (31), que o GSI quando comandado pelo general Gonçalves Dias atuou para adulterar as informações de um relatório da Abin enviado ao Congresso Nacional referente aos atos terroristas do 8 de janeiro.
Dele, aponta a jornalista, foram retirados "registros de que o general foi informado por mensagens enviadas para seu celular dos crescentes riscos de tumulto e de invasão de prédios públicos". O documento foi assinado pelo diretor-adjunto da pasta, Saulo Moura da Cunha.
Os alertas constam de outro documento anterior, também elaborado pela Abin e enviado ao Congresso. Este documento, assinado pelo atual diretor-adjunto, Alessandro Moretti, foi enviado ao Congresso em 8 de maio, com o GSI já sob o comando do general Marco Antonio Amaro dos Santos. Nele, aparecem 11 envios de alertas ao celular de G. Dias. Destes, 3 foram mensagens privadas, segundo a jornalista.
G. Dias foi exonerado após imagens do interior do Palácio do Planalto no momento da invasão bolsonarista o mostrarem abrindo caminho para que os golpistas avançassem. As gravações, divulgadas pela CNN Brasil, não teriam sido entregues em sua totalidade à Presidência da República.
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