GSI instaura sindicância para investigar caso de jornalistas agredidos no Palácio do Itamaraty

247 — O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República informou, nesta quarta-feira (31), que instaurou uma sindicância para investigar as agressões sofridas por jornalistas na terça-feira (30) no Palácio do Itamaraty. O incidente ocorreu durante a Reunião de Presidentes dos Países da América do Sul e envolveu agentes do GSI e seguranças do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Em nota, o GSI destacou: "A respeito do incidente veiculado na imprensa, ocorrido no Palácio do Itamaraty, em 30 de maio de 2023, durante a Reunião de Presidentes dos Países da América do Sul, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República informa que foi instaurada sindicância, por meio da Portaria nº 12-Sind/DGES/SE/GSIPR, de 31 de maio de 2023, a fim de apurar os fatos". O órgão também lamentou o episódio e expressou solidariedade à jornalista Delis Ortiz, que foi agredida durante o incidente.

O Ministério das Relações Exteriores emitiu um comunicado repudiando o ataque aos profissionais da imprensa e afirmou que tomará providências para apurar as responsabilidades. Os jornalistas foram agredidos logo após o término da Reunião de Presidentes da América do Sul, realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Durante uma entrevista com Nicolás Maduro, seguranças impediram a aproximação dos jornalistas, resultando em uma confusão com troca de empurrões. Um segurança a serviço do GSI acertou um soco no peito da repórter Delis Ortiz, da TV Globo. Outros jornalistas também foram agredidos pelos seguranças presentes no local.

Cinegrafistas não conseguiram registrar o incidente, e a repórter Delis Ortiz recebeu apoio da emissora, que repudiou a violência contra os profissionais da imprensa. A TV Globo espera que providências sejam tomadas e que os responsáveis pela confusão sejam responsabilizados. A sindicância instaurada pelo GSI tem como objetivo apurar os fatos e trazer esclarecimentos sobre o caso. O episódio gerou repercussão e levantou debates sobre a liberdade de imprensa e a proteção dos jornalistas em eventos oficiais.