Influenciador diz que vai processar Elon Musk e o X por crime contra o Estado democrático de direito
"Os responsáveis pelo X precisam responder ao nosso judiciário", afirma o analista geopolítico Vinicius Betiol
247 – O analista geopolítico Vinicius Betiol, autor do livro "A arte da guerra online" e mestre pela UFRJ, informou por meio de suas redes sociais que vai processar o X (ex-Twitter).
"Decidi acionar o X judicialmente na esfera civil e também fazer uma série de denúncias ao Ministério Público. As ações envolverão o próprio Elon Musk e o representante da empresa no Brasil", afirmou o analista e influenciador.
Ele justifica a ação pelo fato da empresa permitir que perfis racistas e até abertamente nazistas atuem na plataforma. "E também questionarei possível manipulação do debate política com censura de perfis esquerda e beneficiamento a perfis de extrema direita", enfatizou.
Ele destaca que já denunciou vários dos perfis à Polícia Civil do Rio de Janeiro e que a investigação está em curso, mas decidiu acionar o próprio Elon Musk e o representante da empresa no Brasil.
"A gota d'água foi o fato deles terem permitido um dos blogueiros gringos, apoiadores do Elon Musk, publicar um mapa dividindo o Brasil, chamando o Brasil de "Banania" e perguntando aos seus seguidores se alguns estados (de maioria não branca) deveriam ser a Banania. Eu postei um meme na publicação, com a foto do perfil do gringo invertida e o chamei de fascista", explicou.
Segundo ele, a plataforma considerou que postar a foto de Musk de cabeça para baixo violou as regras da plataforma. "Mas o comentário dele contra os brasileiros não. A tal plataforma da "liberdade de expressão" me censurou para proteger uma publicação que considerei racista. Inclusive, o autor de tal publicação fez comentários dizendo que as vacinas causam câncer em crianças”, salientou.
"É importante ressaltar que a proposta de divisão do território brasileiro não é uma mera "liberdade de expressão", é crime contra o Estado democrático de direito. Mais grave ainda quando vem de um estrangeiro. Ao permitir isso em sua plataforma como se fosse "liberdade de expressão", os responsáveis pelo X precisam responder ao nosso judiciário", reforça.
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