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    Investigação aponta movimentação suspeita de R$ 32,2 milhões em empresa que pagou despesas de Michelle Bolsonaro, diz Coaf

    Movimentação foi considerada incompatível com o porte, o patrimônio, a atividade e a capacidade financeira da empresa

    Michelle Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)

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    247 - O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) anunciou ter encontrado movimentação financeira "incompatível" nas contas da empresa investigada por supostamente financiar despesas pessoais da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Cedro do Líbano Comércio de Madeira e Materiais para Construção, alvo das investigações, “a empresa recebeu R$ 16,6 milhões e desembolsou R$ 16,6 milhões entre o começo de janeiro de 2020 e o fim de abril deste ano. A movimentação de R$ 32,2 milhões foi considerada incompatível com o porte, o patrimônio, a atividade e a capacidade financeira da empresa”.

    "Chama atenção a aparente incompatibilidade entre o porte / estrutura, vis à vis o volume transacionado a crédito no período analisado, o que supostamente pode demonstrar que cliente esteja utilizando a conta para transacionar recursos provenientes de atividades não declaradas", diz um trecho do documento do documento do Coaf sobre a Cedro do Líbano, que também está sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU).

    Os detalhes sobre as movimentações financeiras "atípicas" da empresa foram enviados à CPI em 8 de janeiro. A Cedro do Líbano está sendo investigada em um inquérito da Polícia Federal (PF) em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). >>> Bolsonaro movimentou R$ 800 mil pouco antes de viajar para os EUA, diz relatório do Coaf

    Ainda segundo a reportagem, o relatório do Coaf aponta duas transferências bancárias de R$ 8.330,00 cada para o sargento Luís Marcos Dos Reis, um dos militares da equipe de Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cid e Reis foram presos em maio sob suspeita de envolvimento em um esquema de fraude nos cartões de vacinação de Bolsonaro. Antes de ser preso, Reis havia participado pessoalmente dos ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro em Brasília.

    A Cedro do Líbano entrou na mira da CPI e da PF não apenas por suas transações com o militar que trabalhou com o ex-presidente, mas também por ter fechado contratos com a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba) durante o governo Bolsonaro.

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