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    Investigadores dizem que esquema de venda de joias tinha como objetivo o "enriquecimento ilícito de Bolsonaro"

    Investigação mostra ainda que o advogado Frederick Wassef entrou no esquema para recuperar relógio com o aval de Bolsonaro e Mauro Cid

    Jair Bolsonaro e Mauro Cid (Foto: Isac Nóbrega/PR)

    247 - Investigadores que trabalham na apuração do esquema de venda de joias dadas a Jair Bolsonaro (PL) durante viagens oficiais afirmam que o objetivo da operação era o "enriquecimento ilícito do ex-presidente", segundo conta Juliana Dal Piva no UOL nesta terça-feira (15).

    As investigações mostram que o advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, se ofereceu para ir aos Estados Unidos buscar um relógio de luxo que havia sido vendido e que posteriormente o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou sua devolução. Wassef entrou na operação com o aval de Bolsonaro e do ajudante de ordens do então mandatário, Mauro Cid. >>> Bolsonaro simulou embate com o TCU para resgatar joias nos Estados Unidos

    O relógio foi vendido para a empresa Precision Watches e recuperado em 14 de março deste ano pelo advogado, que retornou com o Rolex ao Brasil em 29 de março. Em 2 de abril, o relógio foi entregue a Cid. Wassef viajou no dia 11 de março aos Estados Unidos, segundo a PF, que também localizou um recibo de recompra do relógio no nome do advogado.

    "No dia 02/04/2023, Mauro Cid e Frederick Wassef se encontraram na cidade de São Paulo, momento em que a posse do relógio passou para Mauro Cid , que retornou para Brasília/DF na mesma data, entregando o bem para Osmar Crivelatti, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro", afirmam os autos da investigação.

    À imprensa, Wassef alegou que só soube do caso das joias em 2023: "quando liguei para Jair Bolsonaro, ele me autorizou, como seu advogado, a dar entrevistas e fazer uma nota à imprensa. Antes disso, jamais soube da existência de joias ou quaisquer outros presentes recebidos. Nunca vendi nenhuma joia, ofereci ou tive posse. Nunca participei de nenhuma tratativa, nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta nem indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda".

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