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Investigados por intentona golpista querem usar áudios de Mauro Cid para questionar delação e anular provas

Para a PF, o vazamento das gravações é uma tentativa de minar as provas coletadas nas investigações envolvendo Jair Bolsonaro e aliados

Mauro Cid (à esq.) e Jair Bolsonaro. Foto: Reuters

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247 - As defesas dos investigados pela Polícia Federal (PF) no âmbito da suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretendem usar os áudios vazados em que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), faz ataques à corporação e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para questionar a voluntariedade e a credibilidade da sua delação premiada. Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, três advogados que representam alvos das investigações sobre a intentona golpista afirmaram que “independentemente de a delação premiada de Cid ser rescindida, usarão as gravações na estratégia de defesa”.

Para a PF, o vazamento das gravações é uma tentativa de minar as provas coletadas nas investigações envolvendo Bolsonaro, membros de seu governo e militares, relacionadas à suposta tentativa de golpe de Estado, desvio de joias sauditas que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio do Estado Brasileiro e a falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19.

Nos áudios revelados pela revista “Veja”, Cid alega ter sido pressionado a falar sobre fatos em sua colaboração premiada que, segundo ele, "não teriam acontecido" ou dos quais "não teria conhecimento", além de afirmar que a PF estava com uma "narrativa pronta e não queria saber a verdade". Ele também criticou o ministro Alexandre de Moraes, ao afirmar que “ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação”.

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