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    Investigados por tentativa de golpe, militares bolsonaristas querem garantir punição também a Freire Gomes

    Militares investigados alegam que o ex-comandante do Exército se omitiu ou prevaricou ao participar da reunião golpista realizada por Bolsonaro no Palácio da Alvorada

    general Marco Antonio Freire Gomes (Foto: Alan Santos/PR)

    247 - O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, entrou no radar de militares alinhados a Jair Bolsonaro (PL) que são investigados por um suposto planejamento de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

    Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, o grupo “tem dito nos bastidores, que o general se omitiu ou prevaricou, ao participar da reunião com o ex-presidente, na qual foram discutidos detalhes de uma minuta que abriria possibilidade para uma intervenção”.

    Segundo eles, como comandante do Exército, Freire Gomes, tinha "responsabilidade institucional" de relatar às autoridades o que ocorria. Como isso não aconteceu, os militares avaliam que a cúpula da Força estaria protegendo o general e defendem a necessidade de que é preciso esclarecer o seu papel naquele momento. ”Para isso, uma das estratégias traçadas é que os militares investigados apontem, em depoimentos para a PF [Polícia Federal], o papel de Freire Gomes nos temas investigados”, destaca a reportagem. 

    Nesta linha, destaca-se a reunião de Bolsonaro com os comandantes das Forças Armadas, mencionada pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Em delação premiada à PF, ele citou uma reunião em que o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, topou aderir à trama golpista. 

    Os investigados também querem que Freire Gomes preste esclarecimentos à PF sobre sua atuação nos ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral por militares que integraram a Comissão de Transparência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na época, o ministro da Defesa era o general Paulo Sérgio Nogueira, que também é investigado pela PF no âmbito do inquérito que apura a trama golpista. 

    Uma outra linha adotada diz respeito ao fato de Freire Gomes não ter ordenado o desmonte do acampamento golpista instalado em frente ao quartel-general do Exército em Brasília após Bolsonaro ser derrotado nas urnas. 

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