Ipec: 51% dos brasileiros não veem culpa de Bolsonaro por terrorismo em Brasília; outra parte quer inelegibilidade ou prisão
Número dos que isentam ex-chefe do Executivo de responsabilidade por atos antidemocráticos é impulsionado por evangélicos, setor majoritariamente bolsonarista
247 - A pesquisa Ipec divulgada neste domingo (19) mostra que mais da metade dos brasileiros, 51%, não considera o ex-presidente Jair Bolsonaro culpado pelos atos de vandalismo na sede dos Três Poderes, em Brasília, ocorridos em 8 de janeiro deste ano. Porém, cerca de 22% dos entrevistados afirmaram que Bolsonaro deveria ser julgado e perder o direito de se candidatar nas próximas eleições. Outros 19% defendem que o ex-presidente seja preso pelos ataques realizados por seus apoiadores. A informação é do jornal O Globo.
Bolsonaro é investigado por incitar os atos terroristas em Brasília. No dia das invasões ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente já estava nos Estados Unidos e demorou para repudiar os atos de vandalismo, que comparou a ações praticadas pela esquerda. Ele e seus apoiadores defendem a teoria de que infiltrados participaram dos ataques, o que jamais foi comprovado.
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A pesquisa aponta que os evangélicos são o grupo que mais isenta Bolsonaro de culpa, com 66% dos entrevistados deste grupo não acreditando na implicação do ex-presidente nos atos. Porém, 28% afirmaram que Bolsonaro deveria ser julgado para ser preso ou ficar inelegível. Esse percentual é maior entre os moradores da região Nordeste do país, com 26 pontos a mais do que a média nacional.
A pesquisa também indica uma correlação entre a avaliação do governo Lula e a opinião sobre Bolsonaro. Entre os brasileiros que consideram o atual governo ruim ou péssimo, 91% acreditam que Bolsonaro não teve relação com os atos. Já entre os que avaliam o governo Lula como ótimo ou bom, 18% isentam Bolsonaro de culpa.
A pesquisa do Ipec realizou entrevistas presenciais com 2 mil pessoas de 16 anos ou mais em 128 municípios do país entre os dias 2 e 6 de março. A margem de erro máxima estimada é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, para um nível de confiança de 95%.
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