Itaú tenta tranquilizar clientes milionários sobre Pandora Papers: paraísos fiscais de Cayman e Bahamas não foram atingidos
Banco enviou mensagem a clientes do Itaú Private Bank assegurando que as contas nos paraísos fiscais de Bahamas e Ilhas Cayman não foram atingidas pelas revelações do Pandora Papers
247 - Os clientes do Itaú Private Bank, aqueles que têm investimentos superiores a R$ 5 milhões na instituição, receberam uma mensagem do banco na tarde deste domingo (3) assegurando que suas contas nos paraísos fiscais das Ilhas Cayman e Bahamas não teriam sido atingidas pelas revelações do Pandora Papers. Os Pandora Papers são um conjunto de reportagens do Consórcio Internacional de Jornalistas com informações de milhões de documentos vazados de escritórios de administradores de offshores. As revelações até o momento restringem-se a contas operadas nas Ilhas Virgens Britânicas (BVI), situadas no Caribe.
Leia a íntegra da nota do Itaú Private Bank a seus clientes:
“Neste domingo o Consórcio Internacional de Jornalistas (ICIJ, na siga em inglês), lançou a primeira de uma série de reportagens do projeto intitulado Pandora Papers.
As reportagens visam expor a identidade de acionistas de estruturas offshore.
Ao longo da última semana, provedores fiduciários das Ilhas Virgens Britânicas (BVI) enviaram comunicados a seus clientes informando que há evidência de que seus sistemas podem ter sido invadidos de maneira ilícita.
No momento, não há qualquer evidência de que os arquivos das jurisdições de Cayman e Bahamas tenham sido alvo das invasões ilícitas referentes a este conjunto de reportagens.
Confiantes no nosso compromisso de transparência e cuidado com nossos clientes e parceiros, acompanharemos a divulgação das reportagens e possíveis impactos e manteremos todos informados”.
O escândalo dos Pandora Papers estourou neste domingo. Mais de dois terços das empresas offshore cujas contas tiveram seu sigilo quebrado pela reportagem foram estabelecidas nas Ilhas Virgens Britânicas (IVB), jurisdição há muito conhecida como peça chave no sistema offshore. Os documentos secretos expõem negociações offshore do rei da Jordânia, dos presidentes da Ucrânia, Quênia e Equador, do primeiro-ministro da República Tcheca e do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
Os arquivos também detalham as atividades financeiras do mais de 130 bilionários da Rússia, Estados Unidos, Turquia e outros países.
Entre as autoridades cujos nomes aparecem nos documentos vazados estão o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
No Brasil, participam da investigação, feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o ICIJ, com sede em Washington, DC, a revista Piauí, os sites Poder360 e Metrópoles e a Agência Pública.
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