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    Janot: Lava Jato desagrada estrutura de poder

    Em uma mensagem enviada na rede interna de procuradores da República na noite de quarta-feira (14), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a operação da Lava Jato tem desagradado “parte da estrutura de poder” e diz que há reações contra o Ministério Público em razão das investigações realizadas; “Muitas forças se levantam contra o Ministério Público neste momento, não por seus eventuais erros, mas pelo acerto de seu trabalho”, escreveu Janot

    Rodrigo Janot (Foto: Giuliana Miranda)
    Giuliana Miranda avatar
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    247 - Em uma mensagem enviada na rede interna de procuradores da República na noite de quarta-feira (14), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a operação da Lava Jato tem desagradado “parte da estrutura de poder” e diz que há reações contra o Ministério Público em razão das investigações realizadas.

    “Muitas forças se levantam contra o Ministério Público neste momento, não por seus eventuais erros, mas pelo acerto de seu trabalho. Fazer parte desse processo, que representa mudança de cultura e progresso social, sempre e necessariamente contraria fortes interesses dos que se habituaram a tirar proveito de um sistema, em sua maior parte, corrompido. A reação é, muitas vezes, desproporcional”, escreveu Janot.

    As informações são do Estado de S.Paulo. 

    "Segundo ele, o momento é “grave e decisivo” para o futuro. “Às milhares de ações que fazem parte de nosso cotidiano veio se somar a maior e mais complexa investigação criminal de que se tem conhecimento, que avança e desagrada parte da estrutura de poder. Esse processo, necessário para a consolidação da democracia, das instituições e da própria República, jamais transcorreria sem tribulações para o país e, particularmente, para o próprio Ministério Público”, escreveu Janot.

    A mensagem foi enviada em comemoração ao Dia Nacional do Ministério Público, à noite. Também no início da noite, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentou novamente colocar na pauta de votação o projeto que prevê crime de abuso de autoridade para magistrados e membros do Ministério Público. A inclusão do texto na pauta do Senado, neste momento, é algo visto pelo MP como uma retaliação da classe política aos trabalhos de investigação do Ministério Público.

    Na mensagem, Janot cita como exemplo das “reações” contra o MP os “inúmeros projetos de lei, pautados ou aprovados nos últimos dias e especialmente nas últimas horas, a toque de caixa, contendo institutos e instrumentos que podem servir para coartar a Instituição ou que, de alguma maneira, afetam o exercício eficiente das nossas atribuições”. “Nenhum deles jamais teve o meu apoio”, disse Janot."

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