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    Jean Paul Prates diz que reajuste da gasolina foi para evitar que Petrobrás perca dinheiro

    Segundo o presidente da Petrobrás, o aumento foi menor do que o registrado no cenário internacional

    Combustíveis e Jean Paul Prates (Foto: ABR | Roque de Sá/Agência Senado)

    247 - O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, afirmou nesta quarta-feira (16) que o aumento nos preços dos combustíveis foi implementado visando ajustar as operações da empresa à realidade do mercado global, com o intuito de preservar sua lucratividade, informa reportagem da Folha de S. Paulo. A Petrobrás anunciou nesta data um incremento de 16,2% no valor da gasolina, correspondente a R$ 0,41 por litro, elevando o preço para R$ 2,93. Paralelamente, o diesel sofreu um ajuste de 25,8%, equivalente a R$ 0,78 por litro, elevando o preço para R$ 3,80.

    Prates destacou que, considerando o panorama internacional, o reajuste deveria ser ainda maior. Contudo, a empresa conseguiu limitar o percentual de aumento abaixo desse nível devido a circunstâncias especiais em sua produção. Ele enfatizou: "Preferimos evitar qualquer prejuízo financeiro [mantendo os preços inalterados], essa não é uma opção aceitável", durante sua participação na Comissão de Infraestrutura do Senado.

    O presidente da Petrobrás informou que, apesar das flutuações nas cotações internacionais nos últimos dois meses, a empresa conseguiu manter os preços estáveis. Entretanto, essa dinâmica se alterou recentemente com o preço do petróleo bruto subindo de dois a quatro pontos percentuais desde o final de julho, alcançando um novo patamar internacional.

    Prates ressaltou que essa mudança é uma consequência dos desdobramentos da situação na Ucrânia, bem como do crescimento econômico dos Estados Unidos e China. Adicionalmente, ele apontou para novas estratégias da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) como fatores contribuintes.

    O presidente afirmou que a Petrobrás exerce influência significativa na definição dos preços de combustíveis no Brasil, mas observou que o preço final é impactado por diversos fatores externos. Ele afirmou: "A Petrobrás determina seus próprios valores, não dita os preços do país. O mercado brasileiro é um campo para operadores internacionais; as empresas de comércio trazem petróleo de refinarias em todo o mundo. Portanto, em essência, competimos com todas as refinarias globais."

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