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    João Pedro Stedile depõe à CPI do MST; acompanhe ao vivo

    "Desde o início do movimento defendemos: Pra ser militante do MST tem que estudar! E temos uma conquista fantástica que é o PRONERA", afirmou o dirigente nacional do MST

    João Pedro Stedile na CPI no MST (Foto: Reprodução)

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    Brasil de Fato - Acontece nesta terça-feira (15) o depoimento que deve marcar o momento mais importante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as atividades do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O economista João Pedro Stedile, fundador e dirigente nacional do Movimento, será ouvido a partir das 14h. A audiência está sendo transmitda ao vivo pelo Youtube do Brasil de Fato. Acompanhe na janela abaixo.


     


    Após quase três meses de atuação, a comissão, que teve a primeira sessão em 23 de maio deste ano, recebe Stedile na condição de convocado. Isso significa que ele não teve a opção de se recusar a depor (o que acontece com quem é incluído na lista de depoentes como testemunha).

    "Estou indo sem nenhuma preocupação, falarei apenas o que sei, estou tranquilo e sereno para defender os interesses da reforma agrária e do povo brasileiro. Eu tenho muito orgulho disso, defendemos o interesse do povo há quarenta anos. Nós não temos nada a perder", disse Stedile, em entrevista ao Brasil de Fato.

    Composta majoritariamente por parlamentares de direita e extrema direita, ligados ao bolsonarismo e ao agronegócio, a CPI tem atuado como cortina de fumaça, tentando tirar o foco de temas como as investigações sobre pessoas envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro e dos casos de corrupção de pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Nos últimos dias, parlamentares integrantes da comissão estiveram em Alagoas e Goiás para diligências que mostraram como tem sido a atuação do colegiado desde o início. No estado nordestino, o grupo visitou acampamento fora da rota e impediu a imprensa de acompanhar. Em Goiás, parlamentares invadiram a privacidade de pessoas acampadas e sequer se dignaram a ouvi-las.

    "A bancada de extrema direita, que não representa sequer os interesses da bancada ruralista, transformou a CPI num circo, com todo tipo de estripulias, para colocar agressões em suas redes sociais, que não furaram nem mesmo a bolha da extrema direita. Nos surpreendeu positivamente que a imprensa burguesa, ou imprensa corporativa, se comportou com honestidade e denunciou esse maniqueísmo e manipulação que os deputados de direita fizeram", resumiu Stedile.

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