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    Lava Jato passa a integrar o Gaeco e deixa de existir no Paraná

    A Lava Jato deixou de existir no Paraná e passou a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). À parte a nova estrutura, a operação teve e continua tendo várias irregularidades que ficam evidentes em diálogos de Sérgio Moro com procuradores do MPF-PR

    (Foto: Divulgação)
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    247 - A Operação Lava Jato deixou de existir no Paraná e passou a integrar, desde segunda-feira (1) passada, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPF. 

    Nascida em março de 2014, a operação, que também conta com várias ilegalidades, teve 79 fases, 1.450 mandados de busca e apreensão, 211 conduções coercitivas, 132 mandados de prisão preventiva e 163 de temporária. 

    De acordo com o MPF-PR, mais de R$ 4,3 bilhões já foram devolvidos por meio de 209 acordos de colaboração e 17 acordos de leniência, nos quais se ajustou a devolução de quase R$ 15 bilhões.

    O órgão também informou que a Procuradoria-Geral da República integrou ao Gaeco outros quatro procuradores do Paraná, ex-integrantes da força-tarefa, com mandatos até agosto de 2022. 

    "Outros dez membros permanecem designados para atuação em casos específicos ou de forma eventual até 1º de outubro de 2021, sem integrar o Gaeco e sem dedicação exclusiva ao caso, trabalhando a partir das lotações de origem", disse o MPF-PR.

    Irregularidades

    Em junho de 2019, o site Intercept passou a divulgar várias denúncias de irregularidades da Operação Lava Jato. Os diálogos apontaram que Sérgio Moro, na condição de juiz, agia como um assistente de acusação e chegou, por exemplo, a recomendar a inversão da ordem das fases da operação. 

    O então magistrado também disse ao MPF-PR que faltava informação na denúncia de um réu - Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobrás para a construção de plataformas de petróleo.

    Moro questionou, ainda, a capacidade de a procuradora Laura Tessler participar de audiências que envolvessem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Outra irregularidade apontou que os procuradores Deltan Dallagnol e Vladimir Aras não entregaram nomes de pelo menos 17 americanos que estiveram em Curitiba (PR), no ano de 2015, sem o conhecimento do Ministério da Justiça, uma demonstração da influência dos Estados Unidos sobre a Lava Jato.

    Em outra conduta ilegal, Dallagnol recebeu, em 2016, o valor de R$ 33 mil de uma palestra da empresa de informática Neoway, delatada por um lobista na Lava Jato. Em vez de ser punida, a empresa ofereceu tecnologia à força-tarefa. 

    São várias condutas irregulares que continuam sendo reveladas, agora pela defesa do ex-presidente Lula, após liberação do Supremo Tribunal Federal. Confira algumas dessas ilegalidades aqui e aqui

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