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    Líder do governo Bolsonaro diz que Lava Jato foi parcial e prendeu Lula para tirá-lo da eleição

    "Tirou o Lula da eleição, produziu uma situação nova para o país, a interpretação [da lei] mudou... Era uma, mudou para prender o Lula, passou a eleição, mudou para soltar o Lula", disse o líder do governo Jair Bolsonaro, o deputado Ricardo Barros (PP-PR)

    Ricardo Barros e Lula (Foto: Agência Brasil)

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    247 - Integrante do chamado Centrão e atual líder do governo Jair Bolsonaro, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) disse que o ativismo político do Judiciário sempre existiu e ficou ainda mais evidente após a operação Lava Jato.

    Em entrevista ao UOL, o parlamentar que já foi líder do governo na gestão de Fernando Henrique Cardoso, vice-líder no governo Lula e ex-ministro da Saúde no governo de Michel Temer,  afirmou que os métodos da operação não respeitaram as leis e citou os processos contra Lula como exemplo de parcialidade da Lava Jato.

    "É claro que há uma parcialidade na posição da Lava Jato, todos sabem disso. É evidente, é visível", disse. "Tirou o Lula da eleição, produziu uma situação nova para o país, a interpretação [da lei] mudou... Era uma, mudou para prender o Lula, passou a eleição, mudou para soltar o Lula. Não precisamos fazer muito esforço para perceber ativismo político", acrescentou.

    Barros foi uma dos parlamentares que, em meio ao debate sobre a possibilidade de prisão em 2ª instância, defendeu a realização de uma Assembleia Constituinte para garantir que condenados cumpram pena antes de esgotados todos os recursos.

    Na entrevista, o líder do governo disse ainda que o Ministério Público (MP) e a Justiça, de forma geral, não respondem pelos erros cometidos durante julgamentos e questionou as ações os métodos de investigação — como as buscas e apreensões, por exemplo—, realizadas às vésperas das eleições.

    "Quem sabe quem não vai ganhar uma eleição no Brasil? O MP e o Judiciário, porque eles agem contra o cidadão no meio da campanha, prendem, fazem busca e apreensão, tiram a pessoa do processo político. E depois de alguns anos, se ficar provado que não era nada... Não era nada, bate nas costas. Nem pedir desculpas eles pedem", criticou.

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