Lindbergh cobra investigação da parceria entre Lava Jato e EUA após afastamento de juízes
"Essas relações escusas da Lava Jato com as autoridades dos EUA até hoje não foram realmente investigadas", disse ele
Por Lindbergh Farias, em sua rede social – A questão da juíza Hardt e de alguns desembargadores do TRF-4 que foram afastados pelo CNJ é mais grave do que parece.
O CNJ não investiga condutas criminosas; investiga apenas desvios e irregularidades na conduta de juízes, procuradores etc.
Entretanto, a decisão do corregedor Salomão chega a tipificar artigos do Código de Processo Penal, como peculato (desvio de dinheiro público), prevaricação e corrupção, ao comentar a conduta do pessoal da Lava Jato.
A questão é simples de entender. Juízes e procuradores da Lava Jato queriam pegar dinheiro público e colocá-lo numa fundação privada que seria gerida por eles próprios.
Conforme escreveu o corregedor Salomão: “Este concerto, ao que tudo indica, fazia parte da estratégia montada para que os recursos bilionários obtidos a partir do combate à corrupção (acordos de colaboração, leniência, apreensão de bens e cooperações internacionais) fossem desviados para proveito da fundação privada que estava sendo criada”. O corregedor chega a falar em “recirculação de valores", ou cashback , em sua decisão.
Mas não é somente isso. No caso do acordo com a Petrobras, havia uma outra cláusula absurda que previa que a "Lava Jato" se tornaria um canal para o governo dos Estados Unidos tivesse acesso a informações estratégicas de negócios da Petrobras, como condição para que o dinheiro de multas não ficasse nos EUA, mas viesse para o “fundo de Deltan Dallagnol”.
Tudo isso só não foi concretizado porque o STF interveio. Essas relações escusas da Lava Jato com as autoridades dos EUA até hoje não foram realmente investigadas.
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