Luiz Marinho diz que não se demitirá: 'participei de todos os debates sobre o corte de gastos'

247 - O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira (27) que a revisão de gastos públicos terá as “suas digitais”. “Disse que se eu não fosse envolvido eu colocaria [o cargo à disposição]. Mas fui ouvido, participei de todos os debates”, disse o titular da pasta durante apresentação dos dados sobre o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de outubro. A equipe econômica do governo estima cortar entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões. 

“Amanhã [quinta-feira (28)] será anunciado os detalhes”, disse Marinho, complementando que a proposta final tem “minhas digitais”. "Vocês poderão ver que é totalmente diferente do que foi divulgado [pela imprensa]”, acrescentou.

O ministro havia ameaçado pedir demissão caso o governo federal resolvesse fazer mudanças em programas e benefícios sob responsabilidade do MTE. “Se eu for agredido é possível. Nunca fui. Estou dizendo que essa discussão não existe”, disse, na época. “Uma decisão sem minha participação num tema meu, é uma agressão”.

Entre as alternativas estudadas pela equipe econômica estão, revisão do abono salarial; correção de irregularidades no Benefício de Prestação Continuada (BPC); alteração no seguro-defeso; mudanças no Fundo de Educação Básica (Fundeb) e no recém-criado programa Pé-de-Meia; limitação dos supersalários no serviço público; e alterações na pensão às famílias de militares expulsos, presente no instituto da “morte ficta”.