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    Lula celebra queda na pobreza e extrema pobreza, que atingem menor nível no país desde 2012: “para isso fomos eleitos”

    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou o avanço e destacou o compromisso de seu governo em enfrentar a desigualdade social

    03.12.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia 'Nova Indústria Brasil – Missão 1: Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais', no Palacio do Planalto, Brasilia - DF (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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    247 - O Brasil encerrou 2023 com os menores índices de pobreza e extrema pobreza já registrados desde 2012, conforme apontam os dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da redução significativa, 58,9 milhões de brasileiros ainda viviam na pobreza, enquanto 9,5 milhões permaneciam na extrema pobreza.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou o avanço e destacou o compromisso de seu governo em enfrentar a desigualdade social. “Tirar o Brasil do Mapa da Fome e criar uma sociedade de classe média, onde todos vivam com mais dignidade. É isso que me dá alegria de ver. Para isso fomos eleitos e estamos trabalhando”, declarou Lula.


    Números que refletem mudanças

    Os critérios utilizados pelo IBGE para definir as linhas de pobreza e extrema pobreza seguem padrões do Banco Mundial. Para a extrema pobreza, considera-se renda inferior a US$ 2,15 por pessoa ao dia (cerca de R$ 209 mensais); já a pobreza é calculada com base em rendimentos inferiores a US$ 6,85 por pessoa ao dia (aproximadamente R$ 665 mensais).

    Em 2023, a extrema pobreza atingiu 4,4% da população, uma redução expressiva em comparação aos 6,6% registrados em 2012 e aos 5,9% de 2022. Isso significa que 3,1 milhões de pessoas deixaram essa condição no último ano. Já o índice de pobreza caiu para 27,4%, uma queda em relação aos 34,7% de 2012 e aos 31,6% de 2022, com 8,7 milhões de brasileiros superando essa barreira.

    Os fatores por trás da queda

    Segundo o pesquisador do IBGE, Bruno Mandelli Perez, dois elementos foram decisivos para a redução: o fortalecimento do mercado de trabalho e os programas sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). “Tanto o mercado de trabalho quanto benefícios de programas sociais são importantes para explicar a redução na pobreza, mas o mercado de trabalho é mais importante no caso da pobreza; e os benefícios de programas sociais, na extrema pobreza”, afirmou.

    A pesquisa também apontou que o aumento nos valores médios dos benefícios do Bolsa Família em 2023, quando comparados aos do Auxílio Brasil de 2022, foi crucial para a manutenção da trajetória de redução da desigualdade.

    Desafios regionais

    Apesar dos avanços, as disparidades regionais persistem. O Nordeste lidera em proporção de extrema pobreza, com 9,1% da população, mais que o dobro da média nacional. A região também apresenta o maior índice de pobreza, com 47,2%. Em contrapartida, o Sul registrou os menores índices, com 1,7% na extrema pobreza e 14,8% na pobreza.

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